O Governo Bolsonaro implementa em suas primeiras horas uma ofensiva legal para reduzir e redistribuir funções nas pastas na Esplanada dos Ministérios que põe em alerta minorias sociais, em especial os indígenas, e também os ambientalistas. Nada incluído na ampla primeira Medida Provisória da nova gestão é uma surpresa, já que o presidente ultradireitista fez sua campanha prometendo não conceder "nem um centímetro a mais" de terras para indígenas e criticando duramente políticas públicas para grupos vulneráveis, que ele definiu como "coitadismo".
No primeiro dia completo de Governo, Bolsonaro foi à posse de alguns dos seus 22 ministros. Em alguns casos, o tom foi como o do próprio presidente, de grande peso na pauta ideológica de direita e fustigação dos adversários "socialistas". O Governo estreante pôde comemorar a recepção positiva do mercado financeiro, com alta recorde da Bolsa de São Paulo e queda do dólar, e ainda um acordo importante para a sustentabilidade de sua gestão: o apoio dos bolsonaristas à reeleição de Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara. Se efetivo, o pacto deve assegurar um aliado em um cargo que comanda a agenda do que vai a votação no Legislativo - falta ainda uma acerto para o Senado.
Enquanto isso, grupos de interesse ligados a minorias sociais analisavam as mudanças na estrutura de governo que os afetam. Em menos de dois dias, a gestão agiu para esvaziar de vez a Funai (Fundação Nacional do Índio). Responsável há décadas pela demarcação das terras indígenas no país, o órgão perdeu a prerrogativa, que foi para o Ministério da Agricultura, dominado pelo lobby do agronegócio crítico das reservas. Depois, um decreto nesta quarta também transferiu, segundo a Folha de S. Paulo, da Funai para a Agricultura a tarefa de licenciamento ambiental para grandes empreendimentos que possam ter impacto nos povos indígenas.
Em outra frente, o novo ministro da Educação, área considerada a primeira trincheira da guerra cultural do Governo Bolsonaro, confirmou a extinção da Secretaria da Diversidade, destinada a pensar políticas para a inclusão educacional de grupos vulneráveis. Num sinal da importância estratégica para o novo presidente deste tipo de medida, Bolsonaro fez questão de tuitar sobre o tema. "ministro da Educação desmonta secretaria de diversidade e cria pasta de alfabetização. Formar cidadãos preparados para o mercado de trabalho. O foco oposto de governos anteriores, que propositalmente investiam na formação de mentes escravas das ideias de dominação socialista", publicou.
El País
5 comentários
05 de Jan / 2019 às 13h40
Tenham dó. El País, um jornal comunista que defende tiranias vermelhas. Kkkk Essa imprensa marrom é cara de pau mesmo.
05 de Jan / 2019 às 13h47
Eu sinto muito mais esse governo que se inicia ,os pobres vai sentir na pele ,pelo seu desequilíbrio
05 de Jan / 2019 às 14h58
Vai terminar pior que Temir. O povo já ta reclamando do salário 998. Com Dilma ja estaria 1.160,00. Bozonaro tem 3 filhos milionários ganhando com senador e deputados. Quim e Erry sem nada??
06 de Jan / 2019 às 09h39
MADALENA -VA SE INFORMAR MELHOR PRA NÃO FALAR BESTEIRAS,POR GENTILEZA. ESTE SALARIO ASSINADO PELO MARECHAL,FOI ESTABELECIDO POR UMA LEI ASSINADA PELA DILMA,QUE ELE NÃO PODERIA ALTERAR.FALE DOS MILIONÁRIOS FILHOS DE LULA,CATADORES DE BOSTA DE ELEFANTE,DOS 10 MILHÕES DEPOSITADOS NAS CONTAS DA MARISA,DOS 8 MILHÕES DEPOSITADOS NO FUNDO DE PENSÃO DE LULA,DA PENSÃO DE 30 MIL DE MARISA E DOS 300 MILHÕES DE LULA DEPOSITADOS NA SUÍÇA,OU ESTAS COISAS NÃO TE INTERESSAM ?
06 de Jan / 2019 às 17h18
Fim das reservas indígenas, dos movimentos sociais, sindicatos, partidos de esquerda e da nossa floresta. Foi isso que a direita sempre quis e a famosa cadeia hereditária entra em evidência. "O rico cada vez mais rico e o pobre.."