Documento faz um mapeamento dos desafios e elenca as soluções para o futuro do semiárido

O uso de energias de fontes renováveis é a alternativa mais estudada no mundo para a diminuição de emissão de gases do efeito estufa, visando desacelerar o aquecimento global. O Instituto Nacional do Semiárido – INSA, através do Programa Semiárido Sustentável e Inovador, desenvolveu um grande estudo técnico que culminou na elaboração de uma Agenda Estratégica, documento que faz um mapeamento dos desafios e elenca as soluções para o futuro do setor na região do semiárido.

O documento pode ser utilizado para embasar as tomadas de decisões - por empresas e pelo Estado - visando contribuir para o desenvolvimento e a inovação tecnológica do setor de energias renováveis nos próximos 10 anos. A Agenda Estratégica leva em consideração todos os esforços e estudos pré-existentes, analisa o cenário atual, elenca as dificuldades e caminhos possíveis e elabora metas para um futuro próximo.

METAS ATÉ 2032-No Brasil, existem 4 possibilidades de produção de energia a partir de fontes renováveis que são estrategicamente viáveis, ou seja, que já contam com estudos avançados e mesmo a aplicabilidade real: energia eólica, energia solar, energia de biomassa e hidrogênio verde. E estas são as possibilidades apontadas na Agenda Estratégica. O estudo conta com a participação de vários atores sociais envolvidos diretamente na produção e consumo desse tipo de energia.

Na Agenda, esta é a previsão sobre as energias de fontes renováveis para os próximos 10 anos:

Energia Solar: “Ser referência mundial no acesso à energia solar, aproveitando a irradiação local, estimulando a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação tecnológica, e a sustentabilidade como vetores para a acessibilidade da energia elétrica para toda a população do Semiárido brasileiro.”
Energia Eólica: “Alcançar o protagonismo nacional na geração de energia eólica, por meio de avanços tecnológicos e geração híbrida de energia, proporcionando ao Semiárido mais eficiência energética e menor dependência de combustíveis fósseis.”

Energia de Biomassa: “Ser reconhecido nacionalmente pela capacidade de criar, articular e estabelecer processos produtivos sustentáveis, capazes de minimizar o consumo de recursos naturais e maximizar o reaproveitamento de resíduos, estimulando a inovação e o fortalecimento de cadeias produtivas para bioenergia e biocombustíveis.”

Hidrogênio Verde: “Ser reconhecido como cerne mundial no desenvolvimento e produção de equipamentos e sistemas destinados à sustentabilidade, inovação e armazenamento das energias limpas para fortalecimento de economias e integração de fontes energéticas.”

AÇÃO-Visando elencar as ações de curto, médio e longo prazos que possam realmente fazer a diferença no Semiárido brasileiro e para o setor de energias renováveis, a Agenda apresenta uma sequência de iniciativas alinhadas ao futuro desejável. A proposição foi estruturada a partir dos temas estratégicos e os bancos de dados coletados a partir de cada uma das etapas do estudo alimentaram reflexões, permitindo a identificação de mais de 300 ações a serem implementadas em curto, médio e longo prazo.

No plano de ação do Programa está a iniciativa de compartilhar o estudo e a Agenda com todos os Estados que abrangem a região do semiárido, além de disseminar entre a população o uso destas fontes renováveis de energia, colocando em prática o plano estratégico, que é alinhado ao plano do próprio INSA.

Insa Foto reprodução