Estudantes promovem manifestação contra o Novo Ensino Médio nesta quarta-feira (22), em Juazeiro

Um ato contra o Novo Ensino Médio acontecerá nesta quarta-feira (22), em Juazeiro, Norte da Bahia. Promovido por estudantes do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a manifestação tem como intuito chamar a atenção para as problemáticas que norteiam a reforma escolar.

Com horário marcado para às 9h da manhã, a concentração ocorrerá em frente a sede da Associação dos Professores Licenciados de Juazeiro (APLB Sindicato Juazeiro), na Rua Cícero Feitosa, n 166, bairro Alagadiço. 

Durante esta semana, os estudantes estiveram em escolas para dialogar com alunos e professores. “Conscientizando sobre as problemáticas do NEM que impactam muito negativamente em especial os estudantes mais pobres e as escolas públicas”, relatou a estudante de Ciências Sociais, Zulcimara Amorim.

De acordo com a licencianda, a manifestação demonstra apoio à luta dos professores e estudantes secundaristas: “em prol de uma educação pública de qualidade, do reconhecimento da importância Sociologia e do fortalecimento da ciência”, explica.

Novo Ensino Médio

Aprovado em 2017, no governo Michel Temer (PMDB), o Novo Ensino Médio tem como regras uma grade de formação básica enxuta e ampliação da carga horária total, contendo apenas três disciplinas obrigatórias: português, matemática e língua estrangeira. Matérias como história, sociologia e filosofia deram lugar a 

Profissionais, alunos e entidades sindicais, se mostraram contra o projeto, que enfrentou problemáticas. “Seu resultado prático vem sendo o agravamento do sucateamento e precarização das condições de ensino e aprendizagem no Brasil”, afirmou Zulcimara, que citou a preconização de um ensino mais técnico em detrimento de um ensino crítico, como consequência dessas mudanças.

Nesta terça-feira (21), o presidente Lula (PT) declarou em entrevista a TV 247 que “não vai ser do jeito que está”, referindo-se ao Ensino Médio, e afirmou que permanecerá em diálogo com educadores e estudantes, junto ao Ministro da Educação, Camilo Santana, para ajustes ao projeto.

Da Redação RedeGN