Pedido de exoneração do vice reitor temporário da Univasf aprofunda crise política

O Ministério da Educação (MEC) designou desde o dia 9 de abril de 2020, o professor Paulo Cesar Fagundes Neves para o cargo de reitor pro tempore da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O ato ampara-se na Medida Provisória nº 914/2019 que trata sobre o processo de escolha de dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).

No caso específico da Univasf, a designação de reitor pro tempore ocorreu em virtude do pedido de suspensão da lista tríplice à Reitoria da Univasf, elaborada pelo Conselho Universitário (Conuni), em novembro de 2029, e que está sub judice por decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).

O ano teve início com o pedido do exoneração do vice reitor pro tempore, Valdner Daizio Ramos, doutor em Gestão, com especialização em ciências econômicas e processo decisório, pela Universidade de Évora - Portugal.

A redação da REDEGN teve acesso a carta do pedido de exoneração.

De acordo com fontes, a "crise política se aprofunda cada vez mais na Univasf". No dia 11 de janeiro de 2021, foi publicado no Diário oficial da União a exoneração do atual vice-reitor temporário VALDNER DAIZIO RAMOS CLEMENTINO. O professor Valdner renunciou ao cargo que ele ocupava desde 17 de abril de 2020 na atual gestão pró-tempore.

Em seu pedido o vice reitor alegou incompatibilidade entre ele o atual reitor temporário Paulo Cesar Fagundes e o que ele chamou de "atitudes um tanto quanto estranhas e restrições que dificulturam o exercício do cotidiano do cargo." em carta datada de 12 de janeiro de 2021.

A situação política da Univasf, que tem vivido uma gestão temporária, desde quando o reitor eleito  Telio Nobre Leite que era pra ter assumido o cargo em abril de 2020, mas uma das chapa que perdeu o pleito ingressou com ação judicial e desde então com uma liminar o processo de nomeação segue parado na segunda instancia, aguardando o julgamento de mérito na Justiça Federal de Petrolina.

Todavia, a comunidade acadêmica, segundo esta mesma fonte ouvida tem se mostrando insatisfeita com a gestão pró-tempore, pois os indicados para ocuparem os cargos de reitor e vice reitor temporários, foram os membros ligados a chapa que judicializou o processo, tendo como um dos principais líderes o professor Valdner Ramos, que agora nove meses depois resolve entregar o cargo.

Além disto, todos os pró-reitores nomeados pela gestão pró-tempore foram os apoiadores da chapa que paralisou o pleito democrático na justiça e vem se beneficiando deste processo de gestão transitória com a ocupação de cargos, mas segundo a fonte ouvida pelo blog, o próprio grupo por não ter um projeto legitimo e aceitação da comunidade tem mostrado grande inoperância, uma delas foi a saída abrupta da pró-reitora de gestão de pessoas, que em oficio alegou desrespeito e desinformação por parte da gestão em 24 de novembro, entregando o cargo.

"A saída do principal articulador político, do grupo que ocupa temporariamente a gestão da Univasf causou grande surpresa e no momento a Univasf segue sem vice-reitor e a comunidade espera a mais de 10 meses a nomeação de um reitor definitivo para ocupar o cargo", acusa um texto que circula nas redes sociais.

A reportagem da REDEGN não conseguiu contato com o blogspot Univasf: Democracia e Resistência, um espaço a serviço da luta por uma Univasf democrática e que resiste ao golpe e ao saque que atualmente está submetida, segundo texto da página do site.