Jornalista reitera denúncias contra Prefeitura de Juazeiro

Na noite desta quinta-feira (28) a RedeGN postou texto da jornalista Mônia Ramos questionando o número excessivo de comissionados na gestão do prefeito Paulo Bomfim em Juazeiro (Veja aqui). Logo depois, a assessoria da Prefeitura contestou as informações da jornalista por meio de nota (Veja aqui). Na manhã desta sexta-feira (29) Mônia Ramos enviou novo texto, desta vez, reiterando as denúncias e questionando o porque de tanta agressividade nas respostas da assessoria governamental. Confira: 

Por que uma nota tão raivosa? Quando ela deveria ser mais informativa e esclarecedora dos fatos. As notas encaminhadas a imprensa precisam ser menos pessoais e mais profissionais, principalmente, nas informações prestadas e no trato com as pessoas. Vê-se que não é somente nas contas públicas e no modelo de gestão que o prefeito Paulo Bomfim (PT) precisa melhorar. Mas vamos ao que a Nota da prefeitura não explicou:

É elementar que a prefeitura tem servidores temporários e efetivos, alguns destes, em cargos comissionados. A folha de pagamento da prefeitura de Juazeiro tem 7.910 servidores, esse é um fato que não se pode esconder e pode ser verificado no site do TCM, onde estão disponíveis, ao contrário dos sites da prefeitura de Juazeiro e o da transparência, encontram-se indisponíveis há cerca de 2 meses.

Sendo assim, repito as informações do meu texto anterior, na tentativa de obter as respostas necessárias que a população de Juazeiro, inclusive eu, merece minimamente por respeito:

Segue o detalhamento do custo mensal do funcionalismo público municipal de Juazeiro, conforme está disponível no site do TCM:

•         Agente político:  11 funcionários custa para os cofres públicos R$ 160.315,44;

•         Concursados: 2.489 funcionários custa para os cofres públicos R$ 11.239.129,32;

•         Comissionados: 864 funcionários custa para os cofres públicos R$ 3.351.302,99;

•         Servidor temporário: 3.710 funcionários, custa para os cofres públicos R$ 7.794.355,28;

•         IPJ:  11 funcionários custa para os cofres públicos R$ 160.315,44;

•         AMA: 153 funcionários custa para os cofres públicos R$ 216.128,12;

•         CSTT: 272 funcionários custa para os cofres públicos R$ 1.050.970,55

•         SAAE: 400 funcionários custa para os cofres públicos R$766.530,03

 

Portanto, a prefeitura de Juazeiro tem um total de 7.910 funcionários custa para os cofres públicos R$ 24.919.047,17 sem somar os encargos sociais, que gira em aproximadamente 30 milhões mensais.

Minha insatisfação é notar que em resposta a minha indignação fui acusada de produzir fake news, na clara tentativa da Ascom da PMJ de pessoalizar o debate, descredibilizar meu trabalho, porque não há argumentos para justificar tamanha irresponsabilidade administrativa. Eu, como profissional e ser social jamais me furtei de mostrar minha identidade e argumentos.

Assim, mantenho e ratifico o questionamento a administração pública, como juazeirense que diariamente precisa de serviços essenciais e infraestrutura digna e que não tem. Por que preferem destinar boa parte dos R$ 30 milhões para manter cargos comissionados invés de investir na Saúde, Educação, Cultura, Lazer?

Se o problema é a matemática que alguns políticos praticam, eu prefiro não aprender.

Mônia Ramos - Jornalista

Foto Geraldo José