A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai concluir as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Rodelas, município situado na margem direita do rio São Francisco, a aproximadamente 547 quilômetros de Salvador. As obras são empreendidas pela 6ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Juazeiro – no semiárido baiano.
O sistema está em fase final de obras, com 96% da estrutura de engenharia civil concluída. No começo de 2018 serão iniciados os testes do sistema para que a obra seja entregue ao município em pleno funcionamento. Cerca de 10 mil pessoas serão diretamente beneficiadas com tratamento do esgoto. Até o momento foram investidos mais de R$ 10 milhões – os recursos têm origem no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. A ação integra o Programa de Revitalização das Bacias Hidrográfica dos rios São Francisco e Parnaíba.
O sistema é composto por 23 quilômetros de rede coletora, 9 quilômetros de ramais prediais, 2 quilômetros de ligações domiciliares, uma estação elevatória e uma estação de tratamento de esgoto, onde está localizado o Digestor Anaeróbico de Fluxo Ascendente (DAFA). O DAFA realiza a decomposição da matéria orgânica por fermentação e encaminha os afluentes para lagoas de estabilização, onde eles são tratados por processos químicos e biológicos para retenção de matéria orgânica e liberação de água com qualidade para retorno ao meio ambiente.
"A obra vai melhorar as condições sanitárias locais e a conservação hidroambiental da bacia, e contribuir para a preservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição, além de gerar mais qualidade de vida para todos os habitantes daquela região", avalia Luis Cláudio Gomes Santos, técnico da 6ª Superintendência Regional da Codevasf e membro da equipe que acompanha a realização dos serviços.
Entre 2007 e 2017, a Codevasf investiu mais de R$ 67 milhões na implantação de sistemas de esgotamento sanitário, semelhantes ao de Rodelas, na região norte da Bahia. Foram atendidos os municípios de Santa Brígida, Glória, Abaré, Morro do Chapéu, Mirangaba, Macururé, Várzea Nova e Pilão Arcado.
Saúde
Com a implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto é possível diminuir a incidência de doenças transmitidas pela água, como hepatite, febre tifoide, cólera, leptospirose, giardíase e a ascaridíase – que ataca principalmente crianças.
Autoridades sanitárias calculam que para cada R$ 1 investido em obras de tratamento de esgoto são economizados cerca de R$ 4 em serviços de saúde. Além desse benefício, estima-se que cada R$ 1 milhão investido em obras de esgotamento gere 30 empregos diretos e 20 indiretos, assim como empregos permanentes quando o sistema entra em fase de operação.
Ascom
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