Militantes feministas vão participar do encontro “Margaridas em Marcha pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”

Militantes da Marcha Mundial das Mulheres de todo o Brasil se preparam para participar da 7ª edição da Marcha das Margaridas, que acontecerá em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto de 2023, reafirmando: “Margaridas em Marcha pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

Reuniões, encontros de formação, lançamentos, ações de arrecadação de recursos e outras atividades já aconteceram em diversos municípios e estados como Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal.

A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica conduzida e protagonizada por mulheres trabalhadoras rurais do campo, das florestas e das águas com a finalidade de construir visibilidade pública e conquistar reconhecimento social e político. Ela é coordenada pela Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), suas 27 federações e sindicatos filiados, e se constrói em parceria com outros coletivos e movimentos feministas e de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.
A Marcha das Margaridas envolve processos formativos e de debates, ações políticas e de mobilização, de denúncia e reivindicação, enraizadas em cada território e comunidade até chegar às ruas de Brasília, no Distrito Federal, capital do país.

Por que Margaridas? A Marcha das Margaridas é inspirada na vida e luta de Margarida Maria Alves, sindicalista paraibana da cidade de Alagoa Grande, assassinada em 12 de agosto de 1983, por um matador de aluguel a mando de fazendeiros da região. Margarida foi a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade nos anos 1970.
Ao longo de 12 anos à frente da organização, moveu mais de 600 ações trabalhistas em defesa dos direitos dos trabalhadores do campo e contra latifundiários da região. À época, as principais pautas reivindicadas pelo sindicato eram: registro em carteira de trabalho, jornada diária de trabalho de oito horas, direito ao 13º salário e às férias.
Segundo o Ministério Público, o assassinato de Margarida Maria Alves envolveu fazendeiros, usineiros, pistoleiros e um policial militar, mas ninguém foi condenado.
Persistente e destemida, Margarida afirmou: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. Margarida segue viva e inspirando centenas de milhares de pessoas na luta pela conquista e defesa de seus direitos.

Redação redegn Foto redes sociais