Reportagem Maristela Crispim Agencia Eco Nordeste. A agricultora aposentada Antônia Gomes Bezerra, 55, mora com o marido, também agricultor aposentado, e a filha caçula, de 17 anos, que ainda estuda. Dos seis filhos, cinco estão em São Paulo. Filhos e genros trabalham no corte de cana-de-açúcar. Até 2018 quase não tinha água em casa. Precisava buscar longe. Até 2019 cozinhava em fogão improvisado com tijolos de chapa de flandres. “A panela ficava toda preta, sem contar que agora é sem fumaça e sem quentura, com menos lenha e apronta mais rápido”, empolga-se.
Um quintal com 40 espécies de hortaliças, legumes e frutas, além de pequenas criações é como um sonho que se realiza para o agricultor aposentado Aureliano Rodrigues da Silva, 60. Tudo isso só foi possível graças à implantação de um sistema de reúso de águas de lavagens para irrigação. Antes, ele usava água do poço do vizinho. Agora começa a diversificar e ampliar o quintal produtivo, tudo para o consumo da família, mulher, três filhos e dois netos. São oito filhos, mas três moram em Fortaleza e três, em São Paulo.
Raimundo Soares Rodrigues, o Raimundo Belém, 64, tem uma história interessante para contar: ele desmatou praticamente todo o terreno onde vive para plantar milho. A princípio colheu muito. Mas no terceiro ano veio uma enxurrada e levou tudo. “O terreno ficou pelado”, resume. Passou anos sem produzir quase nada.
Segundo ele, um pé de cajá foi poupado porque “não estava atrapalhando”. Foi daí que a esposa teve a ideia de fazer poupa para vender. A primeira venda rendeu R$ 1.600 e ele apelidou a árvore de “pé de moeda”. Há dez anos participou de uma reunião para reconstituir a Área de Preservação Permanente (APP), com o replantio de 2.500 árvores em 2 hectares, entre elas aroeira, ipê, sabiá, carnaúba, jurema, mutambo, jucá, angico, amburana, cajá
Seu Raimundo teve oito filhos, com duas mulheres, um deles morreu de câncer, dois ainda moram com ele e a segunda esposa. Mas a maioria mora em Brasília. A família vive atualmente da horta, criação de porco e poupa de fruta. “A gente acha que árvore não tem nada a ver com água, mas tem tudo. Com a mata ciliar, a água está durando mais no período seco”, constata. Agora ele revela a esperança de apoio para o replantio de mais cinco mil mudas neste 2023.
Antônia, Aureliano e Raimundo são uma amostra de representantes das quatro mil famílias que vivem no entorno da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), que fica entre os municípios de Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI) e que foram contempladas por ações ou tecnologias sociais do projeto No Clima da Caatinga, da Associação Caatinga, patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental, como cisterna, fogão ecoeficiente, fossa ecológica, sistema bioágua e reflorestamento.
Como as famílias são escolhidas para receber as tecnologias sociais, já que, a princípio, não é possível contemplar todas? Quem explica é o agente de mobilização Carlito Rodrigues Lima, elo da Associação Caatinga nas comunidades: “nós fazemos um levantamento socioeconômico e visita inicial para definir grupos prioritários. É Carlito também o responsável pela área de Meliponicultura, que ensina a multiplicar o enxame e fazer as próprias caixas. E hoje já conta com 184 produtores ativos.
CONSERVAÇÃO CAATINGA: Quem tem a oportunidade de visitar uma área de Caatinga conservada consegue derrubar mitos e estereótipos cultivados até mesmo por livros didáticos e a mídia ao longo do anos, sobre a riqueza e as diversas facetas do bioma que, com chuva, muda de fisionomia e possui árvores de grande porte ao contrário das imagens normalmente a ela associadas.
A área de Caatinga é de 862.818 KM², cerca de 10,1% do território nacional, 53,49% do Nordeste. Uma das florestas semiáridas mais biodiversas do mundo, possui 3.150 espécies de plantas, 1.361 vertebrados, 463 de invertebrados, 27 milhões de habitantes e 45 povos indígenas.
Fundada no Ceará em 1998 com o apoio do Fundo Samuel Johnson para a Conservação da Caatinga, a Associação Caatinga tem a missão de promover a conservação no bioma para garantir a permanência de todas as formas de vida.
Sete linhas de ação
Apoio à criação e gestão de áreas protegidas
Restauração florestal
Disseminação de tecnologias sustentáveis de convivência com o Semiárido
Educação Ambiental
Comunicação para a valorização da Caatinga
Apoio ao desenvolvimento de políticas públicas socioambientais
FOMENTO A PESQUISA: A fundação da ONG tem uma história anterior. Em 1935 Herbert Johnson realizou a expedição “O espírito da carnaúba”, árvore de onde o empreendedor norte-americano conseguiu extrair a melhor cera para a sua produção. Depois de 63 anos, seu filho, Samuel Johnson, repetiu a expedição.
O primeiro projeto da Associação Caatinga foi a implantação da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA), na divisa dos municípios de Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI), que comemorou 22 anos em setembro de 2022. São 6.285 hectares que resguardam quatro nascentes e sete trilhas ecológicas com uma rica biodiversidade.
Reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga, já registrou quatro dos seis felinos que ocorrem no bioma. Foram catalogadas 323 espécies de plantas, 230 de aves, 45 de répteis, 45 de mamíferos, 33 de anfíbios. Algumas dessas espécies estão ameaçadas de extinção, como a abelha jandaíra (Melipona subnitida), a onça-parda (Puma concolor) e o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus).
NO CLIMA DA CAATINGA: O projeto No Clima da Caatinga atua no Semiárido brasileiro desde 2011 e atualmente está na fase quatro. Seu objetivo é diminuir os efeitos potencializadores do aquecimento global por meio da conservação do Semiárido, a partir do desenvolvimento de um modelo integrado de conservação da Caatinga que alia a conservação e recuperação florestal com o desenvolvimento local sustentável.
A base é a RNSA, que está inserida numa região rodeada por 40 comunidades rurais que abrigam aproximadamente 4 mil famílias. As ações estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principalmente três deles: 6 (água potável e saneamento), o 13 (ação contra a mudança global do clima) e 15º (vida terrestre).
Pelos impactos do projeto a Associação Caatinga já recebeu diversos prêmios, como o ODM Brasil (2013), Dryland Champions (2014), Prêmio Von Martius de Sustentabilidade (2015), Prêmio Experiências inovadoras para promoção do Desenvolvimento Sustentável do Pnud (2019). Entre 2013 e 2015 também teve três tecnologias sociais certificadas pela Fundação Banco do Brasil pelo impacto socioambiental positivo e potencial de reaplicação.
Até agora o projeto atendeu mais de 2.700 pessoas diretamente, alcançou mais de 82 mil pessoas com ações de educação ambiental que chegam a 80 escolas. Na frente restauração florestal foram plantadas 86 mil mudas de espécies nativas e criadas seis Unidades de Conservação.
Uma adição relativamente recente, há cinco anos, foi a aquisição de uma propriedade vizinha, com apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e da Três Corações. Graças a isso, a maior árvore da região, uma gameleira de aproximadamente 35 metros de altura, hoje se encontra dentro da Reserva, “uma espécie simbólica, um estímulo à preservação pelo testemunho de vários tempos de exploração”, afirma Gilson Miranda, coordenador de conservação da Associação Caatinga. A primeira ação após a anexação foi o reflorestamento do aceiro entre as duas propriedades, numa extensão de 2 quilômetros, com o plantio de cinco mil mudas de espécies nativas, em fevereiro de 2022.
Para acelerar o processo de integração das duas áreas foram usadas duas técnicas: mudas com raiz mais alongada para facilitar a pega, fruto de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); e hidrogel e cobertura morta para facilitar a manutenção das mudas no período seco. O agente de defesa ambiental Olavo Vieira calcula que vai levar uns sete anos para fechar completamente o vazio. Outra estratégia foi o uso de espécies atrativas para animais para auxiliar na disseminação das sementes. Ao todo foram plantadas dez diferente espécies, como sabiá, aroeira e ipê com mudas produzidas a partir de sementes coletadas no entorno da reserva por moradores capacitados pelo projeto No Clima da Caatinga.
Resultados
4 unidades de conservação criadas
6.441,87 hectares de Caatinga preservados
112.660 mudas de espécies nativas plantadas
581.964 toneladas de emissões evitadas de CO2
930 tecnologias sociais disseminadas
4.000 famílias apoiadas com ações socioambientais no entorno da RNSA
80 escolas alcançadas por ações de educação ambiental
MODELO: “A Associação Caatinga há quase 25 anos vem trabalhando em um modelo integrado de conservação da Caatinga que visa conciliar a conservação dos recursos naturais à geração de oportunidades para quem vive no Semiárido do brasileiro, seja na geração de renda; empoderamento feminino; acesso a informações sobre o bioma Caatinga, atividades de educação ambiental, tecnologias sociais”, afirma Daniel Fernandes, coordenador geral da Associação Caatinga.
Ele destaca que o objetivo é contribuir para a adaptação dessas comunidades rurais às mudanças climáticas, já que a Caatinga é um bioma extremamente vulnerável. “Mais de 50% da sua cobertura vegetal já foi desmatada e temos um crescimento acelerado de áreas desertificadas, não só no Estado do Ceará, mas em toda região de Caatinga. Isso gera problemas ambientais, sociais e econômicos. E a Associação busca reverter esse quadro”.
Daniel dá ênfase aos sete eixos temáticos de atuação que esse modelo integrado de conservação da Caatinga engloba, a começar pela conservação: “A Reserva Natural Serra das Almas é uma RPPN tida como modelo de gestão, de atuação com comunidades. Nós também estimulamos a criação de novas unidades de conservação. No Ceará já foram 26 RPPNs criadas com apoio da Associação Caatinga e nós ajudamos a criar três unidades de conservação públicas, dois parques e uma APA; duas unidades no Ceará, com 3.600 hectares, o Parque Estadual do Cânion do Poti; e a APA do Boqueirão do Cânion do Poti, com 63 mil hectares aproximadamente; e no Piauí, com 24 mil hectares um parque estadual com ocorrência de tatu-bola, gravuras rupestres, beleza cênica incrível”.
A segunda linha de atuação é a restauração florestal: “Já atuamos há bastante tempo na produção de mudas nativas na Caatinga e recompondo áreas degradadas, principalmente protegendo nascentes e matas ciliares”.
A produção de mudas nativas para recomposição de áreas degradadas, proteção de nascentes e matas ciliares são práticas antigas | Foto: Adriana Pimentel
“Atuamos também na disseminação de tecnologias sociais que ajudam na geração de renda, na segurança alimentar, na captação e reciclagem da água. Temos desde as cisternas de placa; o sistema bioágua; canteiro bioséptico; meliponicultura; compostagem; gestão de resíduos sólidos; fogão ecoficiente que diminui a ação do desmatamento da Caatinga e aumenta a salubridade das famílias já que tem uma chaminé que expele a fumaça para fora de casa; forno solar. Esse conjunto de tecnologias ajuda a harmonizar a relação de quem está no campo, no Semiárido, com os recursos naturais”.
Outra linha de atuação destacada por Daniel é a Educação Ambiental transversal, para todos os públicos: “Temos focado muito na primeira infância, com atividades com o nosso Tatutinga, o mascote da Associação, que foi o mascote da Copa do Mundo; teatro de fantoche, exposições interativas. Estamos trabalhando agora com acompanhamento psicopedagógico com mães de comunidades do entorno da Serra das Almas, tudo na perspectiva de formar uma geração de protetores da Caatinga. Esse é o nosso maior desejo para que essa cultura de caça que ainda ocorre, persiste por parte de uma pequena parcela, possa ser extinta ao longo do tempo”.
O coordenador da Associação destaca, ainda, que a Caatinga tem um potencial de pesquisa enorme e existem diversos estudos em andamento, com felinos, primatas, uma espécie invasora de planta, a unha-do-diabo, que ameaça a carnaúba, entre outras espécies nativas.
Outra linha de atuação é o fomento a políticas públicas socioambientais, por meio da participação em diversas redes, fóruns, como comitês de bacias, conselhos gestores de unidades de conservação, o próprio Observatório do Código Florestal, uma série de planos de ação nacionais (PANs), como o do Tatu-Bola, que discutem políticas públicas de conservação de espécies ameaçadas. “Mais recentemente temos nos empenhado para ter o pagamento por serviços ambientais (PSA) no Estado do Ceará para que possamos estimular cada vez mais a criação de RPPNs”, completa.
Destaca, por fim, a comunicação, na perspectiva de valorizar o bioma, a cultura local e engajar mais pessoas em prol da causa. “Essas sete linhas de atuação se entrelaçam, falam entre si, formam esse modelo integrado de conservação da Caatinga”, declara e acrescenta: “Além disso, temos desenvolvido outros projetos relacionados à carnaúba, por exemplo, no Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, com a cadeia produtiva”.
Outra linha de atuação tem sido a consultoria na área ambiental. A Associação Caatinga tem sido demandada inclusive para atuar em outros estados e tem estabelecido algumas parcerias a exemplo da UFRN, de alongamento das raízes para facilitar o reflorestamento.
Gilson Miranda, coordenador de conservação da Associação Caatinga, confirma que as conquistas de proteção são fruto do modelo integrado de conservação da Caatinga que alia a conservação e o desenvolvimento local sustentável. “Parte dessa proteção é realizada por quem está aqui, não só o nosso pessoal, mas, principalmente, as comunidades que estão bem próximas da floresta. Reconhecer os serviços ecossistêmicos que a floresta proporciona para a sociedade como um todo faz com que eles cuidem, reconheçam o valor do bioma”, detalha.
Gilson explica que foi feito um planejamento para entender qual é a relação deles com a floresta e suas principais necessidades. “Para algumas pessoas basta uma coisa simples, como ter acesso à água, gerar melhoria de saúde em relação ao cozimento de alimentos com uso de lenha que pode gerar inúmeros problemas por causa da fumaça dentro da residência. Esses sonhos só são realizados porque conseguimos boas parcerias que acreditam nesse projeto, nessa ideia de desenvolvimento local. Sabemos muito bem da carência do povo sertanejo, principalmente dos nossos vizinhos. E a atuação é direta nessa mudança, principalmente por meio da educação ambiental, que é transversal, sobre essa relação com a natureza, mostra que há uma forma sustentável de trabalhar, de se relacionar com a natureza com esses ganhos de proteção”.
Ele destaca que a atividade da caça tem sido um dos indicadores: “dentro do nosso monitoramento conseguimos observar a diminuição da frequência de caça e isso mostra que estão respeitando. Vai ter ainda um ou outro, para tráfico, comércio ilegal, não para subsistência. O poder público consegue prender um ou outro com uma mínima estrutura, de freezer, espingarda, moto, que não é barata. Sem contar que isso gera inúmeros problemas, como incêndios florestais por meio de acampamentos ilegais. As comunidades hoje têm uma integração melhor. Com o avanço da tecnologia, com internet em toda comunidade, quando há um foco de incêndio próximo à unidade, as pessoas ligam e avisam”.
Um outro indicador de conservação apontado por Gilson é a presença de espécies raras, como o macaco guariba-da-caatinga. Ele conta que o pesquisador Robério Freire, durante um curso de gestores na Reserva, ouviu o som emitido pelo primata, ameaçado de extinção no Ceará, e iniciou uma pesquisa para identificar quais espécies estavam presentes na região. A paca também é uma outra espécie que há bastante tempo não tinha registro. “Estamos sempre checando as armadilhas fotográficas para identificar, principalmente os mamíferos, que são espécies indicadoras de equilíbrio, como a onça, que é topo de cadeia”, conclui.
PARTICIPAÇÃO INFANTIL: Na comunidade mais próxima da Reserva Natural Serra das Almas, Jatobá Medonho, no município de Buriti dos Montes (PI) fica a Unidade Escolar Claudimiro Alves Feitosa. Lá tivemos a oportunidade de acompanhar a apresentação do teatro de fantoches da campanha Abrace o Tatu-Bola, que tem como personagem principal o mascote Tatutinga. O objetivo, segundo Marília Alves, coordenadora de Educação Ambiental da Associação Caatinga, é criar um vínculo de afeto das crianças com a proteção da natureza.
Lá são realizados encontros de suporte à primeira infância com a mediação de uma psicopedagoga mensais, aos sábados, onde são tratados temas como uso de celular, limites, autismo, hiperatividade, desenvolvimento relacionado à idade
“Achamos que somos mães perfeitas. Mas aprendemos que não somos. Essa ajuda veio em um ótimo momento porque não estava mais sabendo como lidar”, afirma a mãe e professora Maria Cirlene da Silva Gomes, 34. A dona de casa Maria Katiele Bezerra Sousa, 34, por sua vez, aproveitou a oportunidade e pediu uma visita das mães com as crianças à área da reserva, que tem ficado bastante conhecida pelo trabalho do Projeto, e, por isso, despertou a curiosidade na comunidade escolar
No começo de dezembro de 2022, pela primeira vez desde que o programa Petrobras Socioambiental passou a financiar o projeto No Clima da Caatinga, uma equipe da Companhia esteve na reserva numa expedição com jornalistas convidados, incluindo o jornal O Globo, o Canal Animal TV e a Eco Nordeste.
Estar na Reserva Natural Serra das Almas e testemunhar a evolução do trabalho da Associação Caatinga na região é sempre uma experiência gratificante que reafirma os resultados de um trabalho dedicado e que há saída para recuperar áreas degradadas com a inclusão dos habitantes locais de uma forma sustentável.
Renata Szczerbacki, gerente de planejamento em responsabilidade social e direitos humanos da Petrobras, contou que já conhecia a gestão do projeto: “O No Clima da Caatinga tem uma gestão muito profissional, relatórios com muita consistência. Eles, inclusive, acabaram de fazer um estudo do impacto dos investimentos do projeto na sociedade. O que mais me impressionou na visita foi exatamente essa transformação da sociedade. É como ver aquele número do retorno social do investimento nas pessoas. Vi no depoimento da dona Antônia, esse reconhecimento; no posto de gasolina passa o carro e conhecem o projeto, mesmo a quilômetros de distância da Reserva”, destaca.
E conclui: “essas transformações não se fazem no curto prazo. O que aconteceu aqui, nessa floresta, foi a recuperação da mata original da Caatinga, e a mudança na cultura das pessoas. Muito interessante ver as crianças já com essa pegada ecológica. Essa geração não vai ser caçadora, vai coibir a caça, vai evitar as queimadas. Por isso valorizamos muito esses projetos de longo prazo. No quarto ciclo do projeto, com 12 anos, é realmente possível ver essa transformação. O caminho é fazer projeto estruturante de longo prazo, que mude a realidade do ambiente e das pessoas porque não existe meio ambiente sem essa mudança das pessoas”.
Uma das principais frentes de apoio do No Clima da Caatinga, o programa Petrobras Socioambiental contempla projetos em quatro linhas de atuação: educação, desenvolvimento econômico sustentável, oceano e florestas.
Agencia Eco Nordeste Foto Adriana Pimentel
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