A partir desta semana, começam as obras para instalação da biofábrica do Método Wolbachia em Petrolina. A estrutura vai viabilizar a preparação dos ovos de Wolbitos (o Aedes aegypti com Wolbachia), para que sejam liberados no ambiente e, ao nascerem e se reproduzirem com os Aedes locais, deixem de transmitir doenças como dengue, Zika e chikungunya.
A equipe que atuará no local será mantida pela Prefeitura de Petrolina e pelo Estado de Pernambuco que também cedeu à área em que está sendo construído o equipamento. O local será equipado com recursos do Ministério da Saúde, repassados ao WMP Brasil/Fiocruz e a previsão é que a estrutura entre em funcionamento a partir de junho.
A liberação dos mosquitos com Wolbachia também está prevista para ocorrer ainda neste semestre. Os ovos deste mosquito serão produzidos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e enviados a Petrolina para que sejam preparados para liberação. Depois desta etapa, eles serão colocados em recipientes que serão distribuídos pela cidade. A liberação de Wolbitos por meio de seus ovos é uma técnica utilizada pelo World Mosquito Program, responsável pela tecnologia, e que já foi utilizada, com sucesso, em outras cidades do mundo.
A implementação do Método Wolbachia em Petrolina será feita em etapas. A previsão é alcançar aproximadamente 300 mil habitantes da área urbana até o final de 2022. Nesta fase, não há previsão de expansão do método para a área rural do município, o que poderá ocorrer depois, dependendo da disponibilidade de recursos.
Sobre o Método Wolbachia: O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e possam gerar uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Os Wolbitos, como são chamados esses mosquitos, não são transgênicos e não transmitem doenças.
O Método Wolbachia tem eficácia comprovada. Um estudo realizado na Indonésia, apontou redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam os mosquitos com Wolbachia. No Brasil, dados preliminares apontam redução de até 77% de casos de dengue e de 60% dos casos de chikungunya em Niterói, onde o método é implementado desde 2015.
Ascom Prefeitura de Petrolina
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