Este Blog recebeu comunicado do Hospital Universitário-Universidade Federal do Vale do São Francisco, que anunciou nesta sexta-feira (30) a superlotação da unidade. O comunicado foi feito através de nota. De acordo com a Assessoria de Imprensa da instituição, o Hospital está desde a noite de quinta-feira (29), com todas as Salas de Emergência e Unidade de Tratamento Intensivo ocupadas e sobrecarregadas. Por isso, a unidade não pode mais receber pacientes que precisem ou estejam aguardando ventilação mecânica.
O hospital que atende 53 municípios está trabalhando com quase 150% da sua capacidade. A nota comunicou ainda que o Hospital Universitário informou a Central Interstadual de Regulação de Leitos e a Rede Interestadual Pernambuco e Bahia sobre a situação.
Confira nota na integra:
Com objetivo de esclarecer à população, autoridades e mídia sobre os problemas enfrentados pelo Hospital Universitário-Univasf, no que diz respeito aos fatores externos que tem influenciado negativamente nossa prestação de serviços, principalmente no que tange à sobrecarga sofrida pelo hospital ao receber a demanda por atendimento em média e alta complexidade de mais de cinquenta municípios do Vale do São Francisco.
1-Pretendendo sensibilizar a opinião pública e instituições reguladoras para discutir e buscar soluções visando à garantia do atendimento público de qualidade para os nossos usuários; e ainda considerando o período de recesso em que se vivenciam “festividades pascais”, tradicionalmente na nossa região com alta sinistralidade em acidentes e agressões.
2-O Hospital Universitário, exercendo seu compromisso com a transparência e responsabilidade pública, informa que desde a noite passada (29 março), encontra-se com toda a infraestrutura de suporte à vida (nas Salas de Emergência e Unidade de Tratamento Intensivo) totalmente ocupada e sobrecarregada, estando, portanto, impossibilitado de receber pacientes que requeiram ventilação mecânica ou estejam na iminência de necessitar de entubação e consequente ventilação mecânica.
3-Informamos ainda que a Central Interestadual de Regulação de Leitos (CRIL) e a Rede Interestadual Pernambuco e Bahia (PEBA) já foram comunicados sobre esta situação assim como suas possíveis consequências e estão cientes da total extrapolação da capacidade de atendimento hospitalar que hoje se reflete em uma taxa de ocupação de quase 150%.
Ascom Univasf
7 comentários
30 de Mar / 2018 às 22h15
Muito triste a reportagem. Mas infelizmente, algo previsto. é uma vergonha uma cidade como Petrolina não possuir um hospital geral público com administração estadual. O Hospital Universitário não suporta a gigantesca demanda de atendimento e serviços ofertados. Tá na hora dos gestores dessa cidade lutarem por um hospital geral para a cidade e melhorar o gerenciamento das suas demandas.
30 de Mar / 2018 às 22h40
Ótimo que tenham sido sinceros pela primeira vez. Juazeiro(BA) tem 3 hospitais fechados (SEMEC, SANTA CASA DE MISERICÓRDIA E SÓ BABY) ative-os que resolverá os problemas, afinal eles fecharam por problemas com o SUS. No mais ativem o convênNio com a SOTE, para que eles voltem a atender a demanda ortopédica da região. É simples, é só agir.
30 de Mar / 2018 às 23h19
Essa universidade comunista, apoiadora do PT, iria quebrar mais cedo ou mais tarde. É um saco sem fundo.
30 de Mar / 2018 às 23h34
Ótimos que pela primeira vez foram sinceros e assumiram o que a população já sabe, ou seja, incapacidade de atendimento. Esse problema parece fácil de ser resolvido, os atendimentos do Hospital SOTE em Juazeiro(BA) foram cancelados, reative-os. Há também três hospitais em Juazeiro(BA) desativados, são eles: Santa Casa de Misericórdia, SEMEC e Só Baby, ative-os, que resolverá o problema de toda região, façam parcerias público privada.
31 de Mar / 2018 às 03h01
Não conseguem enxergar que temos um único – e já improvável – caminho para barrar tal ameaça e, a seis meses das eleições, assistem mudos à crescente aceleração que “mela” qualquer outro resultado possível senão a ascensão de um monstrengo fascista: suprime-se Lula, dissolve-se o PMDB, os tucanos aniquilados já não são opção. Dizem, orgulhosos, que agora sim, somos uma democracia. Verdade que não há escolas para todos, hospitais para todos, trabalho e emprego para todos, progresso para todos. Mas, que maravilha, agora temos processos para todos, prisões para todos e, quem sabe, logo tenhamos
01 de Apr / 2018 às 20h28
Bem se ver ao ler os comentários que a sociedade não entende o sistema de saúde brasileiro. O errado nisso tudo não é o HU, não são os hospitais fechados aqui, não é a universidade “comunista” como foi descrita. O problema é uma rede PEBA com 53 municípios e toda essa população com suporte apenas nas cidades de Juazeiro e Petrolina. Nessa ótica, HRJ, Maternidade Municipal, Hospital da Criança, HDM e HU Univasf, vão viver sempre de gerir o caos. Os governantes do nosso País e dos municípios envolvidos na rede precisam acordar pra isso. Continua...
01 de Apr / 2018 às 20h33
É preciso que melhorar a atenção básica de todos esses municípios. É necessário dividir o caminho, equipando inclusive com mão de obra de qualidade hospitais que já existem em cidades polos nessa rede, como Salgueiro e Senhor do Bonfim por exemplo. A sociedade deve entender que o profissional que tá aqui nas instituições de Juazeiro e Petrolina não tem nada a ver com esse caos e com a falta de vagas ou condições ideais de atendimento. Eles fazem muito mais do que podem fazer. Nota: O HU esqueceu de avisar que está com 6 leitos de UTI fechados há mais de um ano aguardando chamada do concurso.