Após 8 meses do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) indios sofrem o impacto da morte do Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco
Em 25 de janeiro, a barragem I da mina Córrego do Feijão rompeu em Brumadinho (MG), liberando 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração e deixando 248 mortos – 22 pessoas ainda estão soterradas. O impacto não foi só em vidas. Além de destruir uma área de aproximadamente 300 hectares, a lama tóxica atingiu o rio Paraopeba, que registrou presença de rejeitos de mineração na usina hidrelétrica de Retiro Baixo, a 318 km do local da tragédia.
Oito meses após o crime da mineradora Vale, a aldeia Naô Xohã teve seu modo de vida destruído pela morte do rio Paraopeba. A comunidade com cerca de 200 indígenas das etnias pataxó e pataxó Hã Hã Hãe reivindica, desde o fim de agosto, junto ao Ministério Público Federal (MPF), a realocação para outro território. A área deve ser disponibilizada pela Vale, que irá se reunir nas próximas semanas com os indígenas e o MPF para negociar a disponibilização da nova localidade...