Desde as delações da Odebrecht, quando os delegados da Polícia Federal (PF) foram deixados de lado e não participaram da mesa de negociações, a relação entre o Ministério Público Federal (MPF) e a PF, durante as investigações da Lava Jato, ficaram estremecidas. Tanto que parte do efetivo que integrava a força tarefa decidiu se afastar. Além disso, no início do mês, a Superintendência da PF encerrou oficialmente o grupo de trabalho exclusivamente dedicado à Lava Jato em Curitiba.
No entanto, a prisão do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, nesta quina-feira (27), em mais uma fase da operação, evidenciou o racha. Um ofício foi enviado pelo delegado Filipe Hille Pace ao juiz Sérgio Moro, reclamando que a instituição só ficou sabendo da investigação por meio da imprensa e que as apurações tiveram início “sem amparo policial”, de maneira unilateral...