Em manifestação, pai da menina Beatriz cobra agilidade nas investigações ao governador de Pernambuco e a Polícia Civil

Para marcar os 90 dias do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, que continua sem solução, foi realizado um manifesto em frente ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, local onde a criança foi morta. Amigos, familiares, professores e a comunidade do Vale do São Francisco entoaram cânticos, fizeram orações e externaram, mais uma vez, pedido de justiça às autoridades competentes.

O pai de Beatriz, Sandro Romilton, fez um apelo a Polícia Civil de Pernambuco e ao Governador do Estado, Paulo Câmara, para que o caso seja elucidado o mais rápidamente possível.

Hoje é um dia de cobrança e eu espero que seja o último. Nós estamos cobrando de todos das autoridades, de alguma pessoa que tenha influência, de alguém que viu, que estava presente. Essa é a nossa cobrança ao governador Paulo Câmara, que sempre foge. Nós queremos saber em que mais ele pode ajudar, está faltando pessoal, está faltando material? Nós ficamos muito fragilizados. Nós não conhecíamos esse ambiente de delegacia, mas nós vimos muita deficiência. Faltava tudo. Só não faltava hombridade e moral das pessoas. Nós demos um voto de confiança, mas isso está se alongando muito. Nós queremos justiça. A polícia, o governador, as autoridades não nos devem favor, eles tem a obrigação de  solucionar esse caso custe o que custar, doe em quem doer”, declarou.

Sandro também fez um desabafo relatando os dias de espera em que vive a família. “A maior injustiça foi feita contra nossa família. Não tenho inimigos, mas se eu tivesse não desejaria que passasse pelo o que nós estamos passando. Quando vocês dizem que já tem 90 dias, para nós parece que foi ontem. O sentimento é o mesmo. Ver o rosto de nossa filha nesses emblemas nas ruas, nas praças é muito doloroso, é cruel”, disse.

O pai de Beatriz ressaltou que a família está feliz com o pronunciamento do Colégio Maria Auxiliadora durante o manifesto, mas criticou a atuação da escola nos primeiros dias após o crime.

Nós achávamos o seguinte, que naquele primeiro momento que aconteceu o crime aconteceram muitos erros, erros cruéis, grosseiros, falta de preparo, de treinamento. A escola se silenciou e está funcionando como se nada tivesse acontecendo teoricamente. A opinião nossa é que se naquele primeiro instante, a cena do crime, o ambiente em que aconteceu essa tragédia, se a escola estivesse fechada, a escola seria a primeira a fazer manifestação. Os pais dos alunos, os alunos, estariam na rua e a pressão seria maior, por que o poder que eles tem é imensurável. Estamos felizes, estamos muito alegre porque a Irmã Júlia deu a palavra, deu a opinião, a gente sentiu apoio, e a vamos buscar justiça”, disse.

Ouça o áudio dos pais de Beatriz Angélica:

Disque Denúncia

Quem desejar contribuir com a investigação do Caso Beatriz pode denunciar pelo telefone fixo (81) 3719-4545, o custo é de uma ligação interurbana, ou gratuitamente no site da organização. Outra alternativa é fazer a denúncia via WhatsApp por meio do número (81) 9 9119-3015. A recompensa oferecida é de R$ 10mil.

Da redação