“A educação no Brasil não precisa de novas leis. Já existem bons projetos e boas experiências para servir de referência e buscar melhores resultados”, afirma a candidata ao Senado, Eliana Calmon (PSB), ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça. A jurista tem reafirmado que somente a educação pode mudar realmente o País e que o investimento em escolas de tempo integral e políticas públicas que estimulem a permanência de crianças e jovens na rede de ensino são passos importantes para mudar o Brasil.
Eliana cita como exemplo uma experiência que vem sendo realizada no Piauí, com o estímulo à aproximação dos pais das escolas. “No Piauí, a família é atraída para dentro da escola, onde participa diretamente de atividades e auxilia em vários aspectos, criando um comprometimento que está trazendo bons resultados. No Senado já existem projetos interessantes, como o do senador Cristóvão Buarque. O que precisamos é fazer com que essas ações sejam realmente postas em prática”.
Segundo a candidata, que é membro da Comissão da América Latina pra a prevenção do crime da ONU, somente a educação é capaz de reduzir os índices de violência. “A polícia tem o papel de garra do estado. Não adianta investir em segurança se não investir em educação. É eliminar o problema de um lugar e ele iniciar em outro, como vimos nas ações de segurança dos morros do Rio de Janeiro. Os traficantes, por exemplo, muitas vezes são a referência de organização nas comunidades e a ele que recorrem muitas vezes os moradores. Esse tem que ser o papel do Estado, com políticas públicas que garantam a cidadania”.
Eliana Calmon aponta ainda que investir em educação resulta em economia para o Estado. “Uma criança na escola custa R$ 224 aos cofres públicos. Um cidadão cumprindo pena custa R$ 1840. Precisamos principalmente de escolas em tempo integral, com atividades que envolvam os alunos e os pais. Precisamos investir em esporte, atividades lúdicas, políticas que estimulem e mostrem às crianças a importância da escola”.
Ascom Eliana Calmons
2 comentários
27 de Jul / 2014 às 23h06
Dinheiro não compra educação de qualidade.O investimento de 10% do PIB em educação pode não surtir o efeito desejado, caso o ensino brasileiro não se liberte da doutrinação que o assola, como defende a ONG Escola Sem Partido, que realiza o primeiro congresso a tratar do tema.Caso a educação pudesse ser feita apenas com dinheiro, sem dúvida, o Brasil teria um ensino de Primeiro Mundo. Com a promulgação pela presidente Dilma Rousseff do Plano Nacional de Educação (Lei Federal 13.005), em 25 de junho último, o Brasil terá de aplicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, o que significa uma soma anual de R$ 484 bilhões, considerando o PIB de 2013, segundo o IBGE. Hoje, o País investe 5,8% do PIB em educação e, a partir do quinto ano de vigência do plano, isto é, em 2019, esse investimento terá de ser de 7%, alcançando os 10% no final da vigência do plano, em 2024.
28 de Jul / 2014 às 09h53
Já se sabe que é a candidata e setores de nossa educação e cultura, Professor Otoniel Gondim, Tadeu, Leonardo , etc. candidato Emanuel Lima , também.