Artigo - O invisível aos olhos

Menin@s! resolvi compartilhar com vocês esse achado que me despertou atenção na seguinte frase “Esponja de Sentimentos” não existe idade para um grande aprendizado. Temos que estar abertos para receber esses ensinamentos.

Creio que o tempo independentemente da idade que seja aos cinquenta anos, sessenta anos ou aos quarenta, nos traz amadurecimento e reflexão profunda que acumulamos ao longo da nossa caminhada. O cair e levantar sempre deixam marcas e cicatrizes que nos tornam seres humanos melhores, sensíveis, mais flexíveis, tolerantes e amorosos.

A minha vida sempre foi permeada em valores muito sólidos em relação ao servir ao meu próximo que seja no âmbito familiar, relacional e amigos. A fé, esperança e o Amor cingiram os meus lombos de uma certa forma a me permitir a navegar dentro dessa troca de saberes. Às vezes extrapolando e tomando decisões com medo que o outro venha a sofrer.  

Nos acostumamos sem prestar à atenção a própria linguagem do nosso corpo, a absolver e guardar sentimentos que nos incomodam a “não externar`` sempre com medo de magoar o ouro. E assim A espojinha vai se acumulando de coisas não dita no dia a dia.

A pandemia, foi um divisor de água na minha vida. No isolamento, a troca de afeto encurtou distâncias e curou feridas de muitas pessoas. Temas como amar, cuidar do outro, compreensão, respeito nos tornaram mais sensíveis a essa busca e entender que é preciso amar num grau de igualdade, sendo que o nosso amor próprio deve ser a própria referência de amor.

Entender que, cada pessoa traz uma percepção diferente da vida é crucial para evitar um envolvimento desnecessário e que resolução de problema do outro faz parte do entendimento dele no mundo.

Costumo afirmar que fazemos escolhas conforme nossas crenças e valores limitantes. As mudanças sempre vão acontecer e você precisa flexibilizar as suas escolhas.

A minha intenção é chamar atenção para essa frase: “Esponja de Sentimentos `` - Quando somos esponjas, impedimos o outro de desenvolver e deixamos de viver.

Quem por acaso nunca se viu nesse papel? Quem também já não pronunciou essa bendita ou não frase fiz de tudo por ele (a), olhem o que recebo? Pode ser filhos, marido, amigos dentre outros. As vezes até nos vitimizamos querendo chamar à atenção do outro, com atitudes compensatórias.

Acabamos de um jeito ou outro interferindo de forma invasiva, no processo do outro, de forma a não estimulá -lo a buscar os seus próprios meios de desenvolvimento pessoal.

Segundo Psicóloga e pesquisadora, Rafaela Alves, a transição da empatia para uma relação nociva de excesso de cuidado e sobrecarga também pode ser explicada pela construção da nossa sociedade. Ela ressalta que o processo de colonização do país deixou o rastro de culpa até os dias de hoje. “Esse sentimento foi construído pela Organização Social, que ainda é baseado estruturalmente nos valores morais da Igreja Católica. Então, se você não atende as expectativas impostas pelo outro, será punido. Fruto do patriarcado e do racismo, essa sobrecarga de cuidado recai sobre brutalmente sob as mulheres principalmente as negras.

Por isso muitas de nós nos vemos às vezes obrigadas, uma espécie de dever para garantir o bem-estar de toda família - enquanto o nosso passa a ser negligenciado. Você às vezes se empenha mais do que a própria pessoa para resolver os seus problemas! Ai, onde mora o perigo.

Agora mesmo na pandemia me dei conta e a ficha caiu. Com algumas restrições em relação à minha autonomia e mobilidade, passei a depender dos outros percebi quando sou eu quem preciso, quase não tenho ninguém. As pessoas me procuravam na necessidade, e isso é resultado de uma relação que eu mesma criei.

Situações como essas, afirma Rafaela, que os limites criados com o outro nem sempre são nítidos. Isso aparece quando olhamos a situação de fora. Internamente, acabamos nos misturando com quem nos cerca. Que seja família, filhos, amigos etc. Tudo em algum nível. Algumas pessoas tem mais dificuldade e acabam se misturando mais com o outro.

Somos muito sugestionáveis, ou seja, a convivência nos contagia.

É interessante quando” a identificação com a dor do outro quando é algo positivo, chamamos de empatia. Já no caso contrario transforma-se em um problema. ``

Tente identificá-los, mais não absolva que, que de uma certa forma pode interferir na sua rotina de trabalho, no seu emocional, gerando ansiedade, distúrbio do sono e apetite.

A segurança emocional e social de cada individuo certamente influenciará no entendimento

desses limites. Grande parte desse sofrimento advém do medo (subjetivo), da rejeição e de magoar o outro. Por isso, precisamos verificar qual é o limite do outro, com quais pessoas nós nos identificamos ou não.

Comece a prestar atenção a sua voz interior e ao que o seu corpo está sinalizando para poder assumir responsabilidade das suas ações em detrimento de outrem.

Seja leal com você primeiro para poder ajudar o outro.

 Não mudamos de um dia para outro, o processo é continuo com perdas e ganhos e a colheita é certa, com mais respeito, amor próprio nos permitindo a expressar nossa opinião sem o medo da rejeição.

A pergunta é? Você se sente esponja de sentimentos? Chegou o momento no aqui e agora de rever esses sentimentos.  

Com carinho,

Suely Nelson Argôlo – Assistente Social, Pós – Graduada em Psicologia Social, Conselheira de Mulheres, Terapeuta Holística, em formação Coach Palestrante.