Flávio Leandro: mais um bom exemplo no ritmo a favor da natureza. A implantação de uma agrofloresta

O poeta, compositor e cantor Flávio Leandro através das redes sociais compartilhou mais uma ação que chama a atenção para a visão de conscientização, valorização para o meio ambiente, agroecologia e ecologia humana. A proposta é a implantação de uma Agrofloresta na região onde mora, área rural de Bodocó, Pernambuco

"Começando nossa agrofloresta...com muito bom humor né, Cissa Leandro? Numa guerra de facão de brincadeira! Bomtacumtu, veinha!
@cissaleandro. Uma tarde linda, plantando "pununça" com a companhia linda de @cissaleandro e @davileandrooficial. Foram plantadas 200 covas com as manivas fornecidas por Chico Peba! Quando acabamos de plantar, caiu uma bela chuva. Acunha, os caba!

Cissa Leandro postou uma mensagem de gratidão ao visitar Santa Cruz da Venerada, Pernambuco: "O entardecer do sítio Água Branca. Um contraste perfeito nos tons ofertados pela natureza, que não são ditados por tendências ou formadores de opinião do mundo da moda. Aqui tudo se combina na mais perfeita harmonia... com amor para nós. Levanta a cabeça, olha pro alto, olha para baixo, pro lado, para trás e sente... tá tudo aqui perfeitinho, de presente pra mim, pra vc, para todos".

Flávio destacou também a Fruta de Palma; "quem já comeu? Item indispensável na alimentação animal do semiárido nordestino, a palma forrageira nos dá também esse delicioso fruto...também conhecido como Figo da Índia". 

Mais uma vez Flávio Leandro se coloca no lado de uma visão futurista e resistência a concentração de terras, ao cultivo de grandes monoculturas. Criar uma agrofloresta é ser contra a exploração máxima dos recursos naturais e na grande dependência de agrotóxicos e fertilizantes químicos. 

A agroecologia hoje já é considerada uma ciência, movimento, prática, educação, aliada a um projeto de produção agrícola, que se baseia em novas relações humanas e de produção. Além de utilizar técnicas para preservar os recursos naturais, valoriza o agricultor e famílias enquanto integrante essencial na complexa teia econômica, social, ambiental e cultural da produção de alimentos.

Os Sistemas Agroflorestais (SAF) são formas de uso da terra, baseados nos princípios da agroecologia, que unem a produção de alimentos e de outros recursos vegetais, cultivos de hortaliças/frutas (agro) e arbóreos (florestais).

Com a Agrofloresta, o material vegetal preexistente é cortado e disposto de forma ordenada e com arranjo definido no solo. Ao longo do tempo, há um manejo intensivo da vegetação, especialmente na poda e na disposição do material podado no solo, criando o que se chama de ‘berços’.

Desta maneira, o aproveitamento da matéria orgânica pela vida do solo é ainda maior que nas clareiras naturais. A água entra melhor na terra, com maior aproveitamento. É nesta faixa que se colocam as sementes, tubérculos ou manivas. Ao longo do tempo, vão surgindo várias espécies de plantas por regeneração natural.

O resultado é a integração entre homem e natureza considerada ser essa a agricultura ideal para o planeta, pois a convencional está destruindo e desrespeitando o meio ambiente. A agrofloresta trabalha a técnica da relação homem e natureza, pois os cultivos em equilíbrio não se exaurem, mas colaboram entre si, mutuamente.

MÚSICA E ECOLOGIA: Em 2012, o Rei do Baião, Luiz Gonzaga ganhou o título de Doutor Honoris Causa em Ecologia (in memoriam), maior honraria das instituições de ensino.

A ideia de conceder o título a Luiz Gonzaga veio do professor e pesquisador da UFRPE Severino Mendes Júnior. Durante uma entrevista o professor defendeu a importância de Luiz Gonzaga, um autêntico defensor do meio ambiente. O professor afirmou que, pela afinidade das letras de interpretados por Luiz Gonzaga escritas pelos parceiros e poetas da causa ambiental, exemplo Xote Ecológico, Luiz Gonzaga é merecedor do título, principalmente para despertar as novas gerações.

Ano passado Carla Visi,  cantora, gestora em Gestão Ambiental defendeu a tese de Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos da FCSH pela Universidade Nova de Lisboa. 

Carla Visi é ex-vocalista da banda Cheiro de Amor e atualmente está empenhada em diversos projetos ligados a questão em defesa da Mãe Natureza.

Naturalista, não faz alimentação com carne vermelha ou toma refrigerantes. A cantora é militante das causas ambientais desde a década de 90, que foi quando percebeu que poderia contribuir com o meio ambiente através da música. Atualmente, Carla Visi realiza palestras sobre cultura e sustentabilidade em diversos lugares.

Além de acumular os ofícios de ambientalista, cantora e mãe, Carla também é formada em Jornalismo, possui uma pós-graduação em Gestão Ambiental.  “A música é minha comunicação maior e o jornalismo me faz pensar a palavra, a comunicação”.

A cantora concluiu o mestrado com o tema A Canção da Natureza e a Natureza da Canção, Música Brasileira para a Educação Ambiental Crítica.

"Há uma distorção de valores na gestão pública e uma inversão de valores na nossa sociedade, onde o ter é mais importante do que o ser, a aparência mais importante que a essência. Não só os projetos culturais, mas as instituições que nos associamos, os artistas que seguimos, os produtos que escolhemos comprar são reflexo dos nossos valores. Alguns exemplos… Uma marca que usa mão-de-obra infantil ou escrava deve ser boicotada; um gestor ou funcionário que manifeste qualquer tipo de preconceito deve ser punido; um artista que estimule a violência não pode participar e ser aprovado em editais públicos", afirmou Carla Visi.
 

Redação redeGN Texto Ney Vital Foto Reprodução redes sociais