Reitor pro tempore da Univasf, Paulo César Fagundes Neves foi o servidor que mais gastou com viagens nacionais em 2021, aponta site

Paulo César Fagundes Neves, reitor pro tempore da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), aparece em primeiro lugar numa lista com o nome dos dez servidores que mais gastaram com viagens nacionais. O documento, que foi publicado pelo Blog do Vicente Nunes, do Correio Braziliense, e tem como base os dados do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU), traz ainda a lista dos servidores que mais gastaram em viagens internacionais.

Segundo a publicação, nas viagens nacionais, o destaque ficou com o Ministério da Educação que, respondendo por pouco mais de 4% dos gastos totais com viagens a serviço em 2021 (R$ 22,36 milhões), tem o funcionário no topo da lista dos 10 servidores que mais gastaram no deslocamento doméstico. Paulo Cesar Fagundes Neves recebeu R$ 150,1 mil em pagamentos por viagens, com diárias estimadas em R$ 42.709,51. Procurada pelo site, a pasta não comentou o assunto.

Fagundes Neves é peça chave de uma celeuma que se arrasta na Univasf desde novembro de 2019, quando ocorreram as eleições para a reitoria da instituição. Mesmo após o resultado do processo eleitoral, o professor foi nomeado para assumir o cargo de reitor pro tempore pelo ministro da época, Abraham Weintraub, mesmo não tendo participado de nenhuma das fases de consulta pública e nem ter seu nome na lista tríplice enviada pelo Conselho Universitário (CONUNI) ao MEC.

O Top 10 traz ainda os nomes do ministro Bento Albuquerque, que ficou na vice-liderança com R$ 148,8 mil em gastos em viagens totais, e do secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, que ocupa a 5ª colocação da listagem das viagens nacionais.

Viagens internacionais

Na lista dos maiores gastos em viagens internacionais, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes é o campeão de gastos em 2021, totalizando R$ 279,8 mil em despesas nos deslocamentos ao exterior. O segundo lugar do ranking ficou, novamente, com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que foi responsável pelo gasto total de R$ 258,5 mil nos deslocamentos ao exterior. O terceiro lugar da listagem ficou com o assessor do Ministério das Comunicações Cleverson Oliveira Silva.

Gastos em 2021

Segundo a publicação, o Portal da Transparência aponta que as despesas com passagens e diárias cresceram 35%, na comparação com 2020, totalizando R$ 733,34 milhões. O valor ainda é inferior aos R$ 1,29 bilhão aos de 2019, mas chama a atenção pelo fato de que o número de processos cresceu em ritmo menor: 18%. Ou seja, os viajantes estão gastando mais em cada deslocamento.

Conforme os dados do Portal, as viagens domésticas responderam por 91% dos gastos totais com viagens a serviço e o 9% restantes foram com as internacionais, diz o texto publicado no referido blog.

Da Redação RedeGN