Coordenação de Vigilância Epidemiológica alerta para os riscos da Urina Preta, Doença de Haff

A Secretaria de Saúde de Juazeiro, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, alertou para o aumento dos casos de RABDOMIÓLISE de causa desconhecida que foram notificados em cerca de 15 municipios da Bahia. 

No texto cita a recomendação do Ministério da Saúde que diante das notificações de casos da doença conhecida por Urina Preta é necessário que todos os casos identificados sejam notificados à Secretaria Municipal de Saúde.  

A doença de Haff se caracteriza por ocorrência de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, além de falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, podendo causar falência renal. Pessoas com a doença apresentam urina na cor de café, causada pela elevação da enzima CPK, associada à ingestão de pescados.

De acordo com a Sesab,  casos já foram  confirmados entre janeiro e setembro deste ano, são de pacientes de 20 a 79 anos. A faixa etária mais acometida é de 35-49 anos com sete casos (53,8%), seguida da faixa etária de 20-34 anos com cinco casos (38,5%) e idade ignorada (7,7%). Entre os casos confirmados 66% foram do sexo masculino.

Entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017 foram notificados 71 casos de doença de Haff nos municípios de Salvador, Vera Cruz, Dias D’Ávila, Camaçari, Feira de Santana e Alcobaça. Foram registrados dois óbitos, sendo um de residente de Salvador e outro residente de Vera Cruz, ambos com comorbidades.

Já em 2018 e 2019, conforme o órgão de saúde, não houve notificações da doença relatados pelas instituições de saúde.

No ano de 2020, a partir do mês de agosto surgiram casos da doença de Haff nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Entre Rios, Dias D’Ávila e Candiba, totalizando 45 casos notificados. Destes, 40 foram confirmados e cinco foram descartados, sem registro de óbitos.

A Secretaria recomenda que ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde.

TRATAMENTO: A doença não possui tratamento específico. Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se buscar atendimento imediato, exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) ou TGO para observação do aumento das enzimas musculares.

Além disso, é necessário observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas. Não é indicado o uso de antiinflamatórios.

MEDIDAS PREVENTIVAS: Evite comer pescados crus; Não consumir pescados ou crustáceos cuja origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja a procedência ofereça segurança.
Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames;
Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois, nestes casos, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas;
Não é indicado uso de antiinflamatórios;
Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas;
Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença;
Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos.

Redação redeGN Foto Ilustrativa