Com apoio da população e artistas, o Polo Luiz Galvão se consolida no Carnaval de Juazeiro 2020

O 2º dia de Carnaval no Polo Luiz Galvão repetiu o sucesso do 1º e atraiu centenas de foliões de todas as idades neste sábado (08). A mudança do palco para a praça São Thiago Maior ganhou a aprovação popular, ao prestigiar aqueles que preferem brincar a folia em horários alternativos.

O juazeirense Wilson Ribeiro Júnior, 56 anos foi um deles. Acompanhado de sua filha Sabrina Emanuela de 5 anos, voltou à praça São Thiago Maior no segundo dia seguido, para, segundo ele, “reviver os carnavais antigos, quando os bailes matutinos e vespertinos reuniam as famílias nos clubes da cidade e as batucadas invadiam as ruas de Juazeiro levando alegria para todos. A iniciativa da prefeitura merece aplausos da população”.

Comerciante na praça há 20 anos, o empresário José Egídio Alves Santana, natural de Patamuté, distrito de Curaçá-BA, garante que a criação do novo Polo “foi a melhor coisa que aconteceu, o espaço foi devolvido aos foliões. Agradeço à prefeitura que atendeu o pedido dos comerciantes e transformasse a praça em mais um polo de divertimento para a população”.

Samuel Morais, coordenador geral do carnaval disse que “desde o anúncio da transferência do palco da Rua da 28 para a praça Cordeiro de Miranda, que nós detectamos uma acolhida bem receptiva pela população, e isso ficou claro após os dois primeiros dias do Carnaval”.

Pela manhã, o Polo Luiz Galvão recebeu o cantor Vitor Kelsh, único não nativo da  grade do segundo dia e a Orquestra Sapupara. À tarde o grupo local ‘Nosso Samba’ apresentando repertório de músicas de várias décadas e logo o chão da praça se transformou numa imensa pista de dança, sob a vigilância silenciosa de São Thiago Maior, que a tudo parecia aprovar.

Em seguida, a praça foi invadida pelos 80 componentes do grupo percussivo Baque Opará, que reproduz ritmos da cultura popular da Bahia e de Pernambuco e, pela terceira vez, se apresentava no carnaval antecipado de Juazeiro. A líder Carina Oliveira, explicou o significado do nome do grupo: “Baque, é a corruptela de batuque, e Opará, na língua indígena, significa o Rio São Francisco, chamado de Rio-Mar”.

A banda Skema 2 realizou sua apresentação com músicas dançantes, sob o comando da cantora Lidiane e dos cantores Tiago e Fábio. Já Tainahakan, apostou numa compilação de músicas à base do reggae, alterando o ritmo frenético das primeiras atrações.

Na sequência, com três cantores se revezando nos vocais, a banda Dubaia subiu ao palco e trouxe de volta o ritmo dançante da noite. Em total interação com o público, Van Lima, Michael e Bruno Roriz tocaram músicas autorais e sucessos nacionais. No final, Van Lima aprovou o novo espaço: “Nós nunca havíamos tocado aqui e tínhamos dúvida de como seria a experiência. Após o contato com esse público maravilhoso, podemos dizer que aprovamos a iniciativa dos organizadores”, afirmou.

A atração seguinte foi energia pura. O showman Xandão, com total domínio de palco, soltou o vozeirão contagiante e fez o axé voltar a reinar no chão da praça. Em uma hora de show, o juazeirense revisou os grandes clássicos do axé baiano, em versões repaginadas, e, literalmente, caiu nos braços do público ao sair do palco e dançar com a plateia. A noite de brilho musical foi encerrada com o Império Afro, no ano que completa 27 anos de carreira, juntando percussão, cordas, metais e voz.

O Polo Luiz Galvão integra o Circuito do Carnaval de Juazeiro desde 2015, e esse ano abre espaço para homenagear o artista Claudio Damasceno e Lolly, sua personagem mais conhecida. Neste domingo (9), a partir das 15h, oito atrações fazem a festa de encerramento do carnaval na praça São Thiago Maior, também conhecida como Cordeiro de Miranda.

Por Carlos Humberto / Seculte