Projeto Bem Diverso discute biodiversidade com uso sustentável do Sertão da Bahia e Pernambuco

07 de Dec / 2017 às 21h00 | Variadas

Cientistas e povos tradicionais estão reunidos em Brasília de 05 a 07 de dezembro para trocar conhecimentos e compartilhar experiências e informações relacionadas a um mesmo objetivo: conservar a biodiversidade com o uso sustentável de espécies da Amazônia, Caatinga e Cerrado. Essa é a ideia central do Projeto Bem Diverso, uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), financiado com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).
 
"Não há mais espaço para a ciência atuar sozinha. É preciso agregar o conhecimento científico ao tradicional", afirma o líder do projeto, Aldicir Scariot, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Para Aldicir, o uso sustentável da biodiversidade só pode ser feito se forem respeitados e valorizados os meios de vida das populações tradicionais que vivem nos seis territórios de atuação do projeto, espalhados pelos recantos mais carentes de desenvolvimento do País: o Alto Rio Pardo (MG), o sertão do São Francisco (PE e BA), Sobral (CE), o Médio Mearim (MA), o Marajó (PA) e o Alto Acre (AC). "Afinal de contas, são eles os verdadeiros guardiões da biodiversidade", diz Scariot.

E é de mãos dadas com essas populações que o projeto tem caminhado desde março de 2016, desenvolvendo atividades técnicas e capacitações em manejo sustentável, ações de restauração, levantamento de espécies, pesquisas socioeconômicas, estudos de tecnologia, cadeia de valor e mercado entre outras ações que um dia poderão ser transformadas em políticas públicas para melhorar a condição de vida das gerações futuras e garantir que as florestas continuem em pé.
 
"O projeto está fortemente alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas", lembrou Rose Diegues, oficial de programa da unidade de desenvolvimento sustentável do PNUD Brasil. Trata-se de uma agenda proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) que, se cumprida, poderá transformar o mundo para melhor até 2030.
 
"Há 12 unidades da Embrapa envolvidas neste grande projeto, que considero uma oportunidade única para envolver públicos, integrar experiências e levar inovação ao campo", afirmou a pesquisadora Soraya Barrios, representante da Diretoria de Transferência de Tecnologia da Embrapa na abertura do Encontro Anual do Projeto Bem Diverso.

Ascom Embrapa

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.