Militante de direita tumultua debate na UPE, Campus Petrolina

09 de Oct / 2016 às 14h30 | Variadas

Na noite da última sexta-feira (7), foi realizado no auditório da UPE, em Petrolina, um debate em que estudantes e professores tratavam do polêmico programa ‘Escola sem Partido’, que visa restringir a atuação dos professores em sala de aula. O evento foi promovido pelo Diretório Acadêmico Antônio Conselheiro do curso de história da universidade.

O debate, espaço para expor ideias e argumentos, foi tumultuado por um homem que agressivamente não respeitou a ordem de inscrição para fala. Segundo informações, o homem identificado como Fred Pontes é militante de direita e coordenador do ‘Curso de Formação Conservadora do Vale do São Francisco’.

Pessoas presentes registraram o acontecimento. Assista:

O Blog também recebeu uma nota de repúdio contra esse comportamento reprovável e antidemocrático.

Nota de repúdio:

Professores e alunos da UPE lançam nota de repúdio ao comportamento de Fred Pontes, um dos coordenadores do Curso de Formação Conservadora do Vale do São Francisco, no debate realizado no dia 07/10/2016, na Universidade de Pernambuco, campus Petrolina, sobre a Escola Sem partido. O evento promovido pelo Diretório Acadêmico Antonio Conselheiro da respectiva Universidade, contou com a presença de alunos e professores que lotaram o auditório para participar debate acerca do Projeto de Lei nº 867/2015 (Escola sem Partido), que pressupõe sérias restrições à ação pedagógica e a liberdade de ensinar do professor em sala de aula. Ao final do debate Fred Pontes perdeu o controle e teve que ser contido por alunos e professores.

Para os professores Vlader Nobre e Virgínia Ávila, debatedores no evento, não existe escola neutra ou imparcial. A escola pode e deve tomar parte nas questões que afetam a vida de crianças e jovens. Entre as quais:o combate as desigualdades sociais;o combate as desigualdades educacionais;o combate as desigualdades de oportunidades;o combate a toda e qualquer forma de discriminação e de intolerância.

De acordo com os professores, a escola deve se posicionar cotidianamente na defesa dos direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) de 1948.

Fonte: Ponto Crítico

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.