Justiça nega liberdade a advogado preso em operação que desviou R$ 240 milhões dos cofres públicos

22 de May / 2024 às 15h09 | Policial

O desembargador em exercício Alberto Jorge Correia de Barros Lima negou, na última terça-feira (21), o pedido de liberdade para o advogado Frederico Benigno Simões, acusado de ser líder de uma organização criminosa que desviou R$ 240 milhões em contratos fraudados com 20 prefeituras de Alagoas entre outubro de 2020 e março de 2023.

O advogado é acusado pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa. A defesa dele alegou que a prisão preventiva seria ilegal, pois o magistrado não demonstrou os requisitos necessários para a sua decretação.

Apesar disso o desembargador Alfredo Jorge Correia de Barros Lima afirmou que há, nos autos de origem, um grande volume de documentos, como quebra de sigilo bancários e de dados telefônicos, que sustentam a decisão.

Outras Prisões
Além do advogado Frederico Simões, a Operação Maligno prendeu a esposa dele, Hianne Maria da Costa Pinto, e mais três pessoas. A Justiça determinou o bloqueio e sequestro de bens dos denunciados no valor de R$ 46 milhões e de uma porsche comprada do ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol e do Barcelona, Daniel Alves.

Diferente do marido, Hianne irá cumprir a pena em prisão domiciliar. O desembargador plantonista João Luiz Azevedo Lessa, da Justiça de Alagoas, acredita que ela deva ficar em casa para cuidar do filho de 2 anos. Apesar disso, João Lessa destacou que a prisão domiciliar não é liberdade provisória. “prisão domiciliar é prisão e não se confunde com liberdade provisória, consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial"

Operação Maligno
A Operação Maligno cumpriu cinco mandados de prisão, sendo um em Maceió, três em Petrolina (PE) e mais um na cidade de Japaratinga (AL). Os oito mandados de busca e apreensão também foram executados nas mesmas localidades.

Fred mantinha com Hianne uma cooperativa de fachada que funcionava em Maceió e oferecia, dentre outras coisas, serviços típicos e obrigatórios da administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de ruas, praças e avenidas, e profissionais para trabalharem como coveiro, motorista, vigia, gari, merendeira, veterinária, diretora escolar, médico veterinário, chefe de gabinete, assessor institucional, repórter e, até mesmo, fiscal de tributos.

G1 AL/Foto: MP-AL

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