Cobrado por parte da população uso fumacê é um risco a saúde, diz especialista

02 de Apr / 2024 às 17h30 | Variadas

Quatro novas mortes por dengue foram confirmadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta terça-feira (2). Com isso, o número total de óbitos pela doença no estado subiu para 27.

A Sesab não divulgou informações sobre os últimos pacientes que não resistiram aos sintomas da doença, mas as mortes foram confirmadas nas cidades de Vitória da Conquista (2), Juazeiro (1) e Feira de Santana (1).

Com estes dados aumentam o número de pessoas cobrando o uso de fumacê. Mesmo sendo uma medida bastante cobrada pela população, o fumacê usado para o combate ao mosquito da dengue é constante alvo de divergência entre pesquisadores. 

Além da baixa eficácia na ação, estudos indicam que o contato recorrente com o inseticida pode causar intoxicação e, a longo prazo, o desenvolvimento de câncer e outras doenças. 

 Segundo o médico especialista em doenças infectocontagiosas, Celso Tavares, a medida consiste na utilização de agrotóxico em pequenas dosagens com o objetivo de matar o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue.

"O efeito dura até 30 minutos quando liberado no ar, mas o produto atinge apenas mosquitos adultos voando no momento em que o veneno é usado."
O médico explica que os criadouros não são afetados. Assim, por depender de fatores externos, a medida é considerada de baixa eficácia, pontua Tavares.

"A medida mais eficaz é a eliminação de focos de multiplicação do mosquito, evitando que eles nasçam, por isso, o envolvimento da sociedade é fundamental", afirma o Ministério da Saúde.

Redação redegn/Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

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