No mês dedicado à Campanha de Prevenção ao Suicídio, especialista da Univasf alerta sobre os principais sinais 

20 de Sep / 2023 às 12h00 | Variadas

Setembro Amarelo é uma campanha dedicada a um importante problema de saúde pública que é o suicídio, uma realidade mundial que atinge toda a sociedade.  Em todo o mundo, segundo a última pesquisa realizada em 2019 pela Organização Mundial de Saúde, OMS, foram registrados 700 mil suicídios, sendo a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade.

No Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) realiza, desde 2014, o "Setembro Amarelo" com intuito de conscientizar a sociedade para prevenção do suicídio. O tema deste ano é "Se precisar peça ajuda"!

Incentivando a preservação da vida, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que gerencia 41 hospitais universitários do país, conta com unidades aptas a oferecer atendimento humanizado e disponibiliza protocolos e manuais com foco na segurança dos pacientes e profissionais.

O psiquiatra do Hospital Universitário da Univasf, vinculado à Rede Ebserh, (HU-Univasf/Ebserh), Godson Teixeira, alerta que a doença mental está presente em mais de 95% dos casos. "Ainda que não haja diagnóstico estabelecido, ressaltamos que o sofrimento mental intenso é o responsável pela ideação suicida. O tratamento envolve abordagem em serviços de urgência e emergência durante a crise intensa, resguardando a vida da pessoa. Os sintomas e adoecimentos mentais devem sempre ser abordados pela equipe de saúde mental, incluindo médico psiquiatra e psicólogo", afirma.

O médico reforça que, ao ser percebido o risco de suicídio, a pessoa em sofrimento deve ser acolhida com empatia e compreensão. "Não devem ser realizados julgamentos morais ou religiosos, mas apontar alternativas que incluam necessariamente o cuidado em saúde mental", destaca. A equipe de saúde mental do HU-Univasf aborda as internações decorrentes de crise suicida de modo interdisciplinar, garantindo o cuidado intra-hospitalar e o encaminhamento da pessoa atendida.

Na instituição estão sendo desenvolvidos estudos de prevalência e, até o momento, os dados levantados internamente demonstram que 164 pessoas foram admitidas no HU-Univasf por tentativa de suicídio no ano de 2022, o que demonstra a relevância do tema no contexto regional.

O hospital realiza campanhas anuais regulares sobre a temática e, neste ano, lançará um vídeo com a proposta de chamamento para a discussão entre os colaboradores.

Asom Univasf

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