Profissionais do Hospital Promatre seguem denunciando salários atrasados: "precisamos do mínimo de dignidade para trabalhar"

19 de Jul / 2023 às 20h00 | Variadas

Funcionários do Hospital Promatre tornaram a denunciar atrasos no pagamento de salários na unidade hospitalar. De acordo com os trabalhadores, em relato encaminhado à redação da RedeGN nesta quarta-feira (19), a remuneração do mês de junho não ainda não foi paga e a do mês anterior não foi disponibilizada de maneira integral.

Os colaboradores afirmam que ao questionar a gestão do Hospital sobre os pagamentos, são tratados com hostilidade. “Além de correr o risco de ser perseguidos e até demitidos, como já ocorreu recentemente com um funcionário com 18 anos de casa, querido por todos”, relatou um dos funcionários, que preferiu não se identificar.

O mesmo problema foi divulgado pela redação no dia 12 de julho (relembre aqui). Segundo relatos da equipe, a direção da unidade hospitalar não fez o repasse integral dos pagamentos: “no mês passado recebemos apenas 80% do salário. Agora, quase um mês depois paga os 20% restantes e o pagamento deste ninguém sabe quando será pago”, disse. 

Além dos problemas relacionados ao pagamento, os trabalhadores também denunciam tratamento inadequado, proibição do uso do elevador e restrições sobre alimentação. “Querem nos proibir de comer na copa do setor, de trazer nossa comida, mas não fornecem comida de qualidade. Precisamos do mínimo de dignidade para trabalhar.”, afirma.

Encaminhados as denúncias à gestão do Hospital Promatre e aguardamos um posicionamento.

Leia o relato na íntegra:

“Enfatizando o quanto a instituição vem desrespeitando nós funcionários, responsáveis pelo funcionamento da unidade. Colocaram um guarda dentro do elevador para que os funcionários não utilizem o elevador, ignorando quem tem limitações ainda que pequenas. Sobre pagamento não podemos perguntar pois somos tratados com hostilidade além de correr o risco de ser perseguidos e até demitidos como já ocorreu recentemente, funcionário com 18 anos de casa, querido por todos. Pagamento sai pra uns e outros não, gostaríamos de saber que medida é usada para a escolha de quem vai receber quando o dinheiro cai. O que sabemos é que o hospital está em crise financeira, mas todo dia é uma contratação nova "pedidos politicos", a recepção nem cabe mais de tanta recepcionista. Contratadas novas tem mais direitos do que as veteranas, além de serem extremamente despreparadas, soltam essas pessoas nos setores sem supervisão e estas fazem o que bem querem, fazendo inclusive com que façamos o trabalho delas, sendo que não somos contratadas para isso. O clima no hospital é de tensão e insatisfação já que priorizam pagar a todos outros setores e a enfermagem não. Quando o paciente dá entrada na unidade, quem vai salvar a vida dele, o administrativo ou a enfermagem/médicos? Querem nos proibir de comer na copa do setor, de trazer nossa comida, mas não fornecem comida de qualidade. Pra uns é um pingo de comida no almoço, pra outros umas serras, a carne é contada, trocaram o pessoal da cozinha (novas contratações) que cozinham horrível e ainda são mal humoradas e grossas. Há uns meses atrás nos chamaram no RH para ouvir nossas demandas, depois sabemos que era apenas para interesses próprios, pois os problemas aumentando e nunca mais quiseram ouvir nada, o disfarce de gestão humanizada era apenas para perseguição de alguns. Precisamos do mínimo de dignidade para trabalhar e não temos, pois só os "de cima" são privilegiados.

Da Redação RedeGN

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