Caatinga em pé e as mudanças climáticas é tema do II Seminário Estadual de Recaatigamento que acontece entre os dias 09 a 10 de março

05 de Mar / 2023 às 08h00 | Variadas

A Caatinga em pé e as mudanças cllimáticas. Esse é tema do II Seminário Estadual de Recaatigamento que acontece entre os dias 09 a 10 de março no auditório do IF Sertão Bahia, Campus Juazeiro.

O seminário tem objetivo de aprodundar a compreensão sbre o que é recaatigamento e a importância da Caatinga em pé, no contexto das mudanças climáticas.

  Há tempo a população está notando que o Caatinga mudou: - Não tem mais madeira, não tem mais angico, baraúna, aroeira, barriguda...- Quem tem dinheiro compra lenha de fora, - Aqui tinha uma roça de mandioca...hoje não dá mais! - A gente trabalha mais e ganha menos.

A constatação é geral que a fertilidade da terra está diminuindo, que o solo vai embora e que as plantas desaparecem; a causa tem nome: erosão, degradação e desertificação. Isso não acontece só aqui, municípios bem próximos, Curaçá e Cabrobó são considerados núcleos de desertificação.

A preocupação com a desertificação não é só local, o problema está colocado para todo o Nordeste brasileiro e é uma ameaça à vida humana do planeta. O aquecimento global e as mudanças climáticas ainda agravam a situação. A desertificação virou preocupação mundial.
Mas, e os casos concretos? O que acontece na prática?

O seminário tem a finalidade de encontrar meios de combate à desertificação a partir da realidade das comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, a partir do conhecimento da rotina e da prática do dia-a-dia, de quem vive da e convive com a Caatinga. Precisam ser encontradas intervenções, sejam políticas, econômicas, sócio-culturais e ambientais, que ocasionam mudanças de hábito, no trabalho e na relação com o meio ambiente.

Quem pode fazer o recaatingamento é o homem e a mulher, dentro da sua realidade, com seu próprio jeito e seus meios. Dentro do processo para o recaatingamento é indispensável de conhecer, compreender, respeitar e envolver as comunidades diante ao seu modo de vida. Somente assim será possível iniciar um processo sustentável da volta da Caatinga e da Convivência com o Semi-Árido (CSA). O recaatingamento precisa acontecer de baixo pra cima, e não de cima para baixo, como o Combate a Desertificação está sendo realizado no mundo inteiro.

Redação redegn Foto redes sociais

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