Quedas são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil

09 de Jan / 2023 às 17h00 | Variadas

À medida que a idade vai avançando, a preocupação e os cuidados com a saúde aumentam também, principalmente com quedas, que são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As consequências e os tratamentos variam de acordo com a gravidade do acidente, e é justamente por isso que, nesses casos, é melhor prevenir do que remediar.

Geriatra do Hospital Jayme da Fonte, Andrea Figueiredo comenta que as quedas são multifatoriais, ou seja, é preciso avaliar diversos aspectos, tanto do próprio idoso, como também do ambiente.

"A própria idade avançada é um fator de risco, assim como doenças articulares, como artrite e artrose", diz a médica, que emenda: "alguns medicamentos também aumentam o risco de queda, como os benzodiazepínicos."

É preciso ter cuidado também com o ambiente onde o idoso circula. Qualquer objeto no chão, por mais inofensivo que seja, pode ser o causador de uma queda. “Tapetes soltos se tornam grandes vilões nessas horas, porque o idoso pode escorregar e cair”, alerta Andrea.

Além disso, brinquedos espalhados pelo chão e até mesmo animais de estimação podem ser obstáculos no caminho de uma pessoa com idade mais avançada.

As quedas podem resultar em danos mínimos ou podem ser bastante perigosas. E, ainda que não deixem sequelas físicas, elas podem interferir em questões psicológicas.

"Os prejuízos de uma queda vão desde leves escoriações a fraturas graves. Mas também podem deixar o idoso com medo, e isso também é perigoso", explica a geriatra.

Como não existe um padrão de queda, também não há um único tratamento. Os cuidados envolvem curativos ou até mesmo intervenções cirúrgicas. Mas é preciso acompanhar esse idoso de perto, para que ele não deixe de fazer algo ou simplesmente se isole por temer um novo acidente.

Tornando o ambiente seguro-Para evitar futuras quedas, é fundamental fazer um mapeamento de tudo que pode ser um risco. “É preciso avaliar os remédios e fazer ajustes; é preciso analisar o ambiente e fazer ajustes; e é preciso acompanhar esse idoso para que ele não se coloque em situações perigosas, como subir escadas, andar por pisos escorregadios”, complementa Figueiredo.

Agencia Brasil Foto Ilustrativa

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