Rodovia Asa Branca PE-545 entre Exu e Ouricuri está entre as dez piores do Brasil, afirma pesquisa

11 de Nov / 2022 às 17h30 | Variadas

Dois terços da malha rodoviária de Pernambuco apresentam algum tipo de problema. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O estado tem 50 pontos críticos nas rodovias e duas estradas entre as dez piores do país.

As rodovias pernambucanas que estão entre as dez piores do país são: PE-096: entre Palmares e Barreiros, que tem 50 quilômetros de extensão e a Rodovia Asa Branca PE-545: entre Exu e Ouricuri, que tem 76 quilômetros de extensão. A Rodovia Asa Branca é um trecho da BR-122, percorre Ouricuri Pernambuco, via Exu, terra de Luiz Gonzaga, na divisa entre os Estados de Pernambuco e Ceará. Ela foi batizada assim, com o nome de Rodovia Asa Branca para homenagear o rei do baião, Luiz Gonzaga, que também estava presente à inauguração.

Dos 3,2 mil quilômetros de vias analisados pela CNT em Pernambuco, 1.076 quilômetros estão em estado ótimo ou bom. Outros 1.208 quilômetros foram classificados como regular, enquanto 916 quilômetros são ruins ou péssimos.

O balanço significa que 66,4% da malha rodoviária pavimentada analisada no estado tem algum problema. Esse índice é bem parecido com a média-geral das estradas do país.

Entre as características analisadas pelo relatório, Pernambuco se sai pior em relação à sinalização das estradas. No estado, 75,8% das rodovias têm sinalização regular, ruim ou péssima.

A CNT aponta que 29% da malha rodoviária não tem faixas laterais. Além disso, 19% das vias estão sem faixa central.

Entre os 3,2 mil quilômetros visitados pela pesquisa em Pernambuco, 36,6% não têm acostamento. Quando analisadas apenas as curvas perigosas, 71% delas não têm sinalização, de acordo com a CNT.

Na pesquisa, a CNT também estimou o quanto seria necessário investir para recuperar as rodovias em Pernambuco com ações emergenciais. Os custos com os serviços de restauração e de reconstrução foram calculados em R$ 2,45 bilhões.

Os investimentos poderiam trazer um retorno econômico. Segundo o relatório, "as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 29,1%".

Segundo o próprio levantamento, esse aumento no custo operacional se reflete na competitividade dos negócios e no custo dos produtos.

Além disso, só ao longo de 2022, a má qualidade da malha viária do estado deve gerar um consumo adicional de 25,3 milhões de litros de diesel. Isso representa um desperdício de R$ 115,22 milhões aos transportadores.

O que diz o governo;
Procurada pelo g1, a Secretaria de Infraestrutura afirmou que a pesquisa "comprova o avanço do Governo de Pernambuco na recuperação e requalificação da sua malha viária".

Segundo a pasta, desde 2019, 582 quilômetros de rodovias estaduais já foram entregues. Outros 1.080 quilômetros estão com obras em andamento, segundo o estado, o que somaria um valor de R$ 2 bilhões em investimentos até o fim deste ano.
 

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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