Artigo: Brasil sacrifica o próprio futuro ao deixar crianças fora da escola e descuidar da merenda

28 de Sep / 2022 às 23h00 | Espaço do Leitor

Renato Janine comenta relatório da Unicef que aponta que de cada dez crianças e adolescentes no Brasil uma está fora da escola. E os que estão na escola sofrem com a escassez de merenda. Confira: 

Segundo um relatório divulgado pela Unicef, de cada dez crianças e adolescentes brasileiros, um está fora da escola. Para o professor Renato Janine Ribeiro, para mudar essa situação é preciso aumentar as vagas e entender que o princípio constitucional da obrigatoriedade da educação implica duas coisas. A primeira é o poder público – Estados e municípios – oferecer as vagas para todas as crianças e adolescentes na faixa de educação entre 4 e 17 anos. 

A segunda coisa é as famílias matricularem seus filhos.

Nos últimos 20 anos, diz o professor, o Brasil conseguiu colocar quase que 100% das crianças nessa faixa etária nas escolas. Mas não conseguiu atingir esse patamar em relação ao ensino médio e na educação infantil (entre 4 e 5 anos). “Criar vagas supõe dinheiro para construir escolas, contratar professores e melhorar a qualidade”, diz o colunista.

Janine ainda comenta a reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo sobre a precariedade das merendas oferecidas nas escolas: há relatos de crianças dividindo ovo, falta de itens como arroz e feijão e alunos que tiveram a mão carimbada para não repetirem o prato. 

Para o colunista, é algo que mostra que há pessoas passando fome no País e isso prejudica o futuro do Brasil, pois a deficiência alimentar em crianças pode gerar uma série de problemas, como dificuldade de aprendizado.

Valeria Dias Jornal da USP

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