Desafio de contar histórias reais no Brasil do século XXI será tema de debate na Bienal do Livro Bahia

23 de Sep / 2022 às 10h00 | Variadas

Entre as diversas mesas de debates que farão parte da programação da Bienal do Livro Bahia, de 10 a 15 de novembro, no Centro de Convenções Salvador, uma delas foi intitulada "Brasil e seu difícil livro de histórias", que contará com a participação de duas jornalistas e escritoras: a pernambucana Fabiana Moraes e a mineira Daniela Arbex.

Elas irão conversar sobre os desafios da literatura nacional de não-ficção, a partir de suas experiências de escreverem histórias que revelam a realidade do povo brasileiro em meio às duas primeiras décadas do século XXI. Moraes e Arbex apontarão, ainda, algumas das tensões nacionais contemporâneas, como a dificuldade de lidar com o espetáculo diário promovido na Internet, sobretudo nas redes sociais.

Fabiana Moraes é recifense e professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco, com mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia, ambos pela UFPE. É vencedora de três prêmios Esso com as seguintes reportagens: "Os Sertões" (2009), "O Nascimento de Joicy" (2011) e "A Vida Mambembe" (2007). Recebeu, ainda, o Prêmio Petrobras de Jornalismo (2015), com a série "Casa Grande e Senzala"; o Prêmio Embratel (2011), com o especial "Quase Brancos, Quase Negros"; e três prêmios Cristina Tavares, com "Os Sertões", "Quase Brancos Quase Negros" e "A História de Mim" (2015).

Fabiana lançou seis livros: "Os Sertões" (Cepe, 2010), "Nabuco em Pretos e Brancos" (Massangana, 2012), "No País do Racismo Institucional" (Ministério Público de Pernambuco, 2013), O Nascimento de Joicy (Arquipélago Editorial, 2015), "Jormard Muniz de Britto - professor em transe" (Cepe, 2017) e "A Pauta é uma arma de combate" (Arquipélago, 2022). Atualmente, ela é também colunista no The Intercept Brasil e pesquisa mídia, poder, raça, hierarquização social, imagem e arte.

Daniela Arbex é autora do best-seller "Holocausto brasileiro", eleito melhor livro-reportagem do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor livro-reportagem no Prêmio Jabuti (2014). A obra tem mais de 300 mil exemplares vendidos no Brasil e em Portugal. Em 2015, lançou "Cova 312", vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro-reportagem (2016), que aborda a ditadura de uma forma que a história oficial nunca contou. Em "Todo dia a mesma noite", sua terceira obra publicada, Arbex reconstitui o incêndio na boate Kiss, ocorrido na cidade de Santa Maria. Em 2020, a escritora lançou sua primeira biografia: "Os dois mundos de Isabel", que narra a história da brasileira centenária Isabel Salomão de Campos, que ergueu a voz para ajudar milhares de pessoas.

Das páginas para as telas de TV. Em 2021, a série "Colônia", livremente inspirada na obra "Holocausto brasileiro", foi lançada no Canal Brasil e na Globoplay.  Dirigida por André Ristum, a história é uma obra de ficção que retrata um Brasil onde cabem todas as exclusões. Nesse mesmo ano, Daniela foi eleita a melhor repórter investigativa do Brasil pelo Troféu Mulher Imprensa. Seu último livro, "Arrastados", foi lançado em janeiro de 2022, depois de três anos da tragédia de Brumadinho. A escritora tem ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles o Knight International Journalism Award.    

Assessoria de Comunicação da Bienal do Livro Bahia 2022

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