Juazeiro: Demora para entrega de exames de Dengue, Chikungunya e Zica preocupa pacientes. "É Um absurdo"

06 de May / 2022 às 10h30 | Variadas

A REDEGN obteve informação que centenas de juazeirenses estão preocupados e reclamam da demora para a entrega do exame que vai mostrar se a pessoa está com Dengue, Chikungunya e ou Zica. A Reportagem da REDEGN, com exclusividade, teve acesso a um documento que mostra que um exame de sangue para detectar as doenças pode demorar mais de 15 dias para ficar pronto. 

Detalhe: os exames solicitados pela rede pública de saúde,  em Juazeiro, Bahia são levados para o Lacen, em Salvador. "É absurdo. Desde o mês de abril que passei mal, o médico pediu um exame de sangue porque disse que poderia ser dengue e até agora não sei o resultado do exame", conta uma fonte da REDEGN, que prefere não ser identificada.

 "Tenho todos os sintomas. É muita dor no corpo. Febre. Então daqui que eu receba o resultado ou vou sarar, piorar ou e morreu né", disse indignada.

Água parada e calor formam a dupla perfeita para a proliferação do Aedes Aegypti, conhecido como mosquito da dengue, mas que também provoca zika e chikungunya. A literatura diz que Dengue e Chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a Dengue se destaca pelas dores nos corpo, a Chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. A Zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre), muitas manchas na pele a coceira no corpo.

A redação da REDEGN enviou solicitação para a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.

NOTA PREFEITURA JUAZEIRO: A Secretaria de Saúde de Juazeiro mantém intensificado o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças domo dengue, zika vírus e Chikungunya, com fiscalização das residências e orientação da população. A Sesau está realizando mutirões aos finais de semana, com dezenas de agentes de endemias trabalhando para eliminar possíveis focos do mosquito. Neste sábado (7), o mutirão será no distrito de Carnaíba do Sertão, a partir das 8h. Além disso, há cronograma de circulação do carro fumacê para eliminar o mosquito adulto. 

Estão sendo realizadas ainda ações de pulverização com o tratamento espacial Ultra Baixo Volume (UBV). As bombas costais fazem bloqueio, realizando pulverização espacial em um raio de 100 a 300 metros, eliminando o mosquito adulto.

A Prefeitura de Juazeiro também disponibilizou um número de WhatsApp para receber informações sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. O contato do 'Dengue Zap' é (74) 9 8827-9832. Ele funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e recebe apenas mensagens.

RISCOS: Na Bahia, os casos de dengue, zica e chikunguya de janeiro a abril de 2022 já superam os do mesmo período de 2021. Até o dia 23 de abril, foram 24.579 casos notificados das três doenças este ano. No mesmo período do ano passado foram 22.684 casos, um aumento de 8,3%. Os dados são da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

“A gente já espera, na época de sazonalidade, um aumento de casos dessas doenças, mas a ideia é que sejam feitas ações para controlar o índice de infestação pela presença do vetor. Os diferentes números entre as regiões da Bahia são explicados pela incidência de chuva, mas também pelas ações de cada prefeitura em relação ao controle do mosquito”, diz a epidemiologista da Sesab, Sandra de Oliveira.

As dez cidades em epidemia listadas pela Sesab são Urandi, Coaraci, Floresta Azul, Potiraguá, Apuarema, Mirangaba, Caatiba, Santa Cruz da Vitória, Remanso e Oliveira dos Brejinhos.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (Divep/Sesab) informou que está em alerta para situação epidêmica de dengue e chikungunya nas macrorregiões de saúde Sudoeste e Norte. Outras regiões que preocupam são: Sul, Centro-Norte e Oeste.

O virologista e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Gúbio Soares, explica que a combinação de água e calor atua como uma incubadora para os óvulos do mosquito Aedes Aegypti.

“O mosquito deposita o óvulo na água parada e o calor faz com que os óvulos eclodam. Em três dias de água parada, as larvas já começam a ser liberadas e, em cinco dias, já há mosquito. E vale destacar que mesmo que a água seque, os óvulos podem ficar ali até cerca de um ano só esperando que ali encha de água novamente para eles eclodirem”, diz.

Redação redeGN

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