ARTIGO – Eleições: Em busca da felicidade!

03 de Apr / 2022 às 23h00 | Espaço do Leitor

Mais uma vez a Nação vive a grande expectativa produzida pela proximidade de um pleito eleitoral, que ocorrerá em outubro de 2022, revestido da importância representada pela escolha dos Governadores dos Estados, Deputados Estaduais e Federais, e Senadores, além do comandante maior do país, o Presidente da República. 

Somente um povo que desfruta desse inusitado privilégio de poder escolher pelo voto pessoal os seus governantes e legisladores, tem a capacidade de dimensionar o real significado de que o ato se reveste, e avaliar o quanto deprime a um povo a submissão à vontade absoluta dos poderosos que se eternizam no poder!

A exemplo de Maduro, na Venezuela, Vladimir Putin, na Rússia (20 anos no poder), e os Castros, em Cuba... Como dizem por aí, é muito Poder para um homem só!

Um pleito eleitoral oferece a oportunidade de observar como o fato mobiliza as populações, mexe com as emoções individuais, desperta sentimentos adormecidos e faz com que crianças e jovens, homens e mulheres, idosos ou não, despertem os seus neurônios para participarem de uma verdadeira catarse coletiva. A preferência exacerbada que se verifica em torno de alguns nomes, às vezes chamados de “mitos”, simboliza um sentimento de paixão que ultrapassa todos os índices de normalidade... Isso, nem sempre é bom, porque termina por deixar as pessoas inebriadas sem medir os prós e os contras de certos candidatos!

Os que são de pouco falar ao longo dos anos, nesse momento se tornam tagarelas e se incorporam às discussões como verdadeiros analistas políticos, traçando estratégias de como cada candidato deverá fazer para vencer. Mesmo os sem maiores estudos ou especializações são induzidos a traçarem o perfil moral, cultural e psicológico de cada candidato. Os viciados em apostas já começam a oferecer as suas propostas desafiadoras, mas ainda meio céticos face às poucas definições das tradicionais coligações, atualmente reinventadas como “Federações”. Dizer que somos uns pais do futebol não basta, porque entendemos também de política!

Tudo isso é muito bom de ver, porque o despertar dessa paixão política conduz a um interessante processo participativo em que todos, de repente, sentem-se responsáveis pela escolha daquele que irá ser o gestor de todos os problemas educacionais e de saúde, sociais e culturais, econômicos e financeiros do mundo à sua volta. 

Em paralelo a todo esse cenário empolgante, ocorrem sempre os inevitáveis escândalos dos “Fichas Sujas”, como registrado no Ministério da Educação nos últimos dias, os quais integram 90% dos jornais televisivos e chegam a concorrer até mesmo com a audiência das novelas, além de afetar a credibilidade da classe política num momento tão importante. Ou seja, esses senhores, muitos deles que deveriam respeitar suas famílias e seus cabelos brancos, estão sempre dando umas escorregadas que denigrem por tabela a imagem daqueles que o cercam... Sinceramente isso parece ser um caso perdido!

Percebe-se um sentimento de grande responsabilidade individual de cada eleitor, cuja expectativa do dia 2 de outubro faz transbordar os níveis de valorização da sua personalidade e eleva o seu ego às alturas. O seu voto o transforma numa pessoa muito especial e importante. E, na verdade, somos todos importantes no processo democrático, sim!

Acompanho com inusitado interesse o desenrolar dessas paixões e sentimentos de elevado apego dos eleitores pelos candidatos, às vezes gerados pela simpatia pessoal ou vínculos de “grupo”, mas quase nunca inspirados em princípios ideológicos ou de caráter partidário, salvo raríssimas exceções. Mas a individualidade do eleitor merece, certamente, o nosso respeito.

E pelas novidades desta semana, renúncia de pré-candidato, a política nacional nos reservará novidades até o grande evento democrático de outubro próximo, que será uma festa brasileira com certeza, pois vença quem vencer, a vitória maior será da Democracia e daqueles que esperam a felicidade de ver seus candidatos vencedores.

Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Aposentado do Banco do Brasil – Balneário Camboriú-SC.

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