Ômicron foi a vilã do aumento de casos da covid-19 em Petrolina no mês de janeiro, diz pesquisa da Facape

02 de Feb / 2022 às 16h00 | Coronavírus

A variante Ômicron da covid-19 foi a grande vilã no aumento de casos da COVID-19 em janeiro de 2022 na cidade de Petrolina. Segundo pesquisa do colegiado do curso de Economia da Faculdade de Petrolina (Facape), os boletins de análise constatam um aumento na quantidade de novos casos no mês de janeiro, em comparação com dezembro do ano passado.

Foram 4.014 novos casos no primeiro mês de 2022. Segundo a pesquisa, a chegada da nova variante Ômicron contribuiu para o aumento dos casos, em especial na última semana do mês, com o recorde histórico semanal de 1.757 casos, e o novo recorde diário, de 764 casos, em 31 de janeiro.

"Como visto em outros países, a variante Ômicron é muito contagiosa, e era uma questão de tempo para ela se tornar a predominante na região. Agora podemos considerar que a variante chegou fortemente, dado os números de casos novos que estão surgindo. Serão sucessivos recordes de casos diários, de casos semanais e de casos mensais que estamos esperando para o mês de fevereiro e março. Em março uma nova avaliação poderá ser feita para verificar se este novo tsunami de casos novos estará perto de passar", ressalta o coordenador da pesquisa Covid da Facape, professor doutor João Ricardo Lima.

Em Petrolina, foram feitos 19.257 testes rápidos. E o número de pessoas vacinadas, considerando apenas a primeira dose, aumentou de 74,96% para 76,19%. Já as pessoas vacinadas, considerando o ciclo vacinal completo, aumentou de 59,96% para 62,26%. A vacinação está avançando, mas ainda abaixo do desempenho médio nacional, e é preciso acelerar o processo ainda mais e isto deve ocorrer com a vacinação das crianças, segundo os pesquisadores.

Foi registrada uma redução na taxa de óbitos, passando de 1,60% em dezembro para 1,48% em janeiro, mas houve um forte aumento 66% na ocupação dos leitos públicos de UTI da Rede PEBA em janeiro. 

“A população está sendo imunizada, porém a cidade ainda está longe de superar a marca de 70% da população total imunizada com a segunda dose (ou dose única). Os cuidados precisam continuar redobrados e todas as medidas de prevenção devem ser mantidas, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento, pois a nova variante do vírus Ômicron é muito mais contagiosa, podendo aumentar a demanda por leitos de UTI e a quantidade de novos óbitos, principalmente na população que ainda não se vacinou”, enfatiza João Ricardo.

Da Redação RedeGN

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