Ex- advogada de suspeito de matar Beatriz entra com representação na OAB contra atual advogado, que 'tomou' cliente dela

19 de Jan / 2022 às 15h30 | Policial

O Caso Beatriz segue ganhando novos enredos. Só que dessa vez, do lado de Marcelo da Silva, que de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco confessou ter assassinado, a golpes de faca, a garota em um colégio particular de Petrolina em 2015. Agora, o centro das atenções se volta para a defesa do suspeito: é que a antiga advogada e o atual, estão travando uma verdadeira batalha.

De acordo com informações do JC, na última segunda-feira (17), a advogada Niedja Mônica da Silva, que havia sido chamada para defender o suspeito, entrou com uma representação na OAB, em Paulista, contra o também advogado Rafael Luis Nunes da Silva, que se apresentou como novo advogado do homem indiciado pela SDS. Na representação, a defensora pede providências e diz que o colega de profissão foi, na última sexta-feira (14), ao presídio de Igarassu-PE, "assediar o cliente" e que "o próprio suspeito havia informado que já havia advogado no caso".

Segundo o jornal, a advogada informa na representação que soube da substituição somente na última segunda-feira, ao se dirigir ao presídio para assistir à nova tomada de depoimentos do caso. Ela reclamou de não ter podido falar com o prisioneiro e que Rafael Nunes teria sido grosseiro com ela. "Ficou me constrangendo para que eu fosse embora, afirmando que os delegados vão atender a ele e não a mim", escreveu.

O atual advogado de Marcelo, Rafael Luis Nunes, mal assumiu o caso e já vem ganhando repercussão. Ontem (18), ele apareceu no programa Cidade Alerta, da TV Guararapes, filiada da TV Record em Recife, com uma suposta carta escrita pelo acusado, em que o mesmo nega a autoria do crime e disse ter sido pressionado. Ele disse ao vivo que a carta foi escrita a punho pelo próprio suspeito.

"Eu sou inocente. Eu não matei a criança. Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem a minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer. Quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe", diz a carta que consta a assinatura de Marcelo da Silva.

A Secretaria de Defesa Social rebateu a informação, afirmando que "a Polícia Civil filmou o depoimento na íntegra, seguindo todas as regras legais, a fim de evitar quaisquer questionamentos, tentativas de macular a confissão ou estratégias projetadas para tumultuar o caso". A mãe de Beatriz, Lucinha Mota, também disse, por meio da imprensa, que não acredita na carta de Marcelo da Silva e que já aguardava alguma estratégia da defesa neste sentido.

*com informações do JC

Da Redação RedeGN

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