Caso Beatriz: família realiza live hoje (17) para comentar últimas notícias envolvendo o crime, após prisão de suspeito

17 de Jan / 2022 às 18h15 | Policial

A família de Beatriz Angélica vai realizar uma nova live na noite desta segunda-feira (17), a partir das 20h, no Instagram @Caso_Beatriz. De acordo com publicação divulgada nas redes sociais, o intuito é fazer uma atualização das últimas notícias que envolvem o caso.

O Caso Beatriz voltou a ganhar destaque em dezembro, quando a família e membros da comitiva que acompanham o inquérito decidiram caminhar cerca de 720 km em busca de justiça. Ele saíram de Petrolina no dia 5 de dezembro, passando por diversas cidades, até chegarem em Recife-PE, dia 28 de dezembro, onde, após muita insistência, conseguiram uma conversa com o governador Paulo Câmara e demais membros do governo. Desde então, o caso vem ganhando novos capítulos.

Duas semanas depois, a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco informou ter chegado ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota. O órgão disse que a equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, ele teria confessado o assassinato e foi indiciado.

O homem foi identificado como Marcelo da Silva de 40 anos, que já estava preso por outros crimes. No dia da coletiva de imprensa para anunciar detalhes do crime, um dia após o anúncio, Lucinha Mota e Sandro Romilton foram barrados na sede da SDS. Depois de muita insistência, conseguiram uma reunião particular com o secretário Humberto Freire.

De acordo com a SDS, Marcelo da Silva contou, em depoimento, que entrou no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora para conseguir dinheiro. Ele, que era morador de rua, usava uma faca para se defender. No depoimento para a polícia, o suspeito teria contado que, ao vê-lo, a menina Beatriz se desesperou e, para silenciá-la, ele teria a esfaqueado. Para os pais da menina Beatriz, a motivação apontada pela SDS "não convence".

Semana passada, o legista George Sanguinetti polemizou na internet ao argumentar que o homem apresentado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco não foi o autor do homicídio de Beatriz, e que "falta provas dentro dos postulados criminalistícos, além das provas técnicas". 

A advogada que representa o homem suspeito de ter matado a facadas a menina Beatriz Angélica afirmou que o cliente se arrepende do crime e que confessou para "aliviar o coração da mãe". Lucinha Mota disse recentemente que já existem provas para comprovar a autoria do crime, mas que há muitas perguntas sem respostas.

Marcelo da Silva já cumpre pena por estupro de vulnerável, ameaça e cárcere privado. Ele estava preso desde 2017 no presídio de Salgueiro, no Sertão, e foi transferido para um presídio no Grande Recife na quinta-feira (13). Ele foi colocado numa “cela disciplina”, que está sob a vigilância de agentes do Grupo de Operações e Segurança, subordinado à Secretaria de Ressocialização.

Assassinato

Beatriz Angélica foi assassinada a facadas dentro do colégio Maria Auxiliadora, um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

O inquérito colheu 442 depoimentos, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas. Ao longo dos anos, os pais de Beatriz denunciaram supostas irregularidades no processo de investigação. E, por isso, desde 2019, insistem que o caso saia das mãos da Polícia Civil e vá para a Polícia Federal.

Da Redação RedeGN

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