"É por este motivo que solicitamos a Federalização do Caso Beatriz. É desumano. É assim que o Governo do Estado trata vítimas de homicídios", desabafou Lúcia

12 de Jan / 2022 às 10h15 | Policial

A  Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) até o momento não autorizou os pais de Beatriz participar da coletiva marcada para essa quarta-feira (12). Com mais de 1 hora de atraso a coletiva ainda não teve início. O Secretário de Defesa Social disse que receberia os pais da menina Beatriz após a coletiva. Até o momento não houve justificativa para as autoridades barrarem os pais de participarem da coletiva.

A coletiva vai servir para Representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco detalhar como chegaram ao assassino da menina Beatriz. Os pais de Beatriz, Lúcia Mota e Sandro Romilton que viajaram para participar da coletiva no Recife, de acordo com filmagens obtidas através da live, foram proibidos de ter acesso ao encontro entre a SDS e a imprensa.

 Após exigir a liberação da entrada, Sandro e Lúcia foram liberados para adentrar o prédio da SDS, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, contudo até o momento não autorizados a participar coletiva.

"É por este motivo que solicitamos a Federalização do Caso Beatriz. É desumano. É assim que o Governo do Estado trata asvítimas de assassinatos", desabafou Lúcia.

"Eu vou entrar. Pode ter certeza de que vou entrar. Vocês não estão lidando com nenhum animal, nenhum cachorro, não. São seis anos aguardando resposta e soube através da imprensa", disse revoltada Lúcia.

Lúcia voltou a criticar a demora na resolução do caso e citou que haviam detalhes que não foram informados na investigação.

"São seis anos sem minha filha. Seis anos aguardando uma resposta. Por isso, nós tínhamos pedido a federalização do caso. Todo crime tem uma motivação e precisamos saber qual foi", desabafou.

Ontem a Superitendencia da Polícia Civil afirmou que a força tarefa “foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime”.  “A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências e conseguiu identificar o assassino”, completou.

Seis anos, um mês e um dia depois do assassinato de menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, o caso continua repercutindo. O suspeito de desferir 42 facadas na garota, dentro de um colégio particular de Petrolina, no Sertão, foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco e confessou o assassinato.

O DNA encontrado na faca, segundo o laudo pericial, é de Marcelo da Silva de 40 anos, que está preso por outros crimes. Nesta terça (11), após ser ouvido por delegados, ele foi indiciado.
 

Redação redeGN

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