Campanha alimenta a esperança e mata a fome de famílias no Sertão do São Francisco

Ter a comida no prato tem sido um desafio para milhões de famílias brasileiras, que em meio a inflação em alta e a pandemia, tentam encontrar modos de garantir as três refeições diárias.

Enquanto muitas/os brasileiras e brasileiros não conseguem o alimento para sua família, surgem ações de solidariedade que fortalecem o espírito colaborativo do povo brasileiro e ajuda muitas pessoas a ter comida no prato. Uma dessas iniciativas é a campanha solidária Brasileiros pelo Brasil.

A campanha vem mobilizando as pessoas para fortalecer a solidariedade, viabilizando o alimento para famílias carentes. Além da beleza em articular e levar doações para a população mais impactada pela fome, a iniciativa está movimentando a produção da agricultura familiar, haja vista que boa parte da cesta é produzida por agricultoras e agricultores familiares. Segundo Paulo César de Jesus, colaborador do Irpaa, a campanha está fazendo uma grande mobilização de “parceiros que fortalecem a agricultura familiar por todo o país para fornecer alimentos a quem precisa”.

Na Bahia, a campanha é mobilizada pelo Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais -Sasop e pelo Irpaa, entidades que estão distribuindo 1.500 cestas no Território sertão do São Francisco – TSSF. As cestas entregues pelo Irpaa nos municípios Casa Nova, Juazeiro, Sobradinho, Uauá, Curaçá e Sento Sé cumprem o papel de ajudar a população mais vulnerável.

Segundo Tiago Pereira, Coordenador Institucional do Irpaa, “as famílias têm vivenciado situações de vulnerabilidade social, econômica, situação de insegurança alimentar, situação de ausência de uma alimentação saudável, diversificada, de qualidade”. Tiago revela que, com o apoio de organizações nacionais e internacionais, tem sido feito um esforço para reduzir a fome durante o momento de crise que afeta o país, especialmente as populações mais pobres do Brasil.

A seleção das famílias ocorre com a participação social de entidades de cada município. Segundo Paulo César, as paróquias, as associações comunitárias, os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e Fundos municipais de Serviços Sociais são algumas das instituições que auxiliam na seleção de famílias. “A gente procura essas organizações, essas entidades locais que estão mais próximas, que têm um cadastro das famílias mais carentes, a gente pede a relação das famílias e aí levamos as cestas até essas organizações ou até as próprias famílias”, detalha Paulo César.

O processo de articulação entre quem produz e quem está comprando os produtos para a distribuição, passa ainda por mais uma iniciativa de fortalecimento da agricultura familiar. A Central da Caatinga, organização comercial que reúne grupos produtivos, associações e cooperativas, é a responsável por fazer a ligação entre as entidades (Irpaa e Sasop) e as famílias agricultoras. A Central da Caatinga “é a entidade que faz a ponte com os agricultores, com as associações, com as cooperativas e traz os produtos para que a gente possa montar as cestas e distribuir para os municípios”, comenta Paulo César.

A cesta é composta por produtos de higiene e gêneros alimentícios, dentre estes, feijão, arroz, ovos, frutas e verduras, a maioria fruto da produção da agricultura familiar. Para garantir recurso para a montagem das cestas a FBB criou canais específicos para receber doações. As pessoas que se interessarem em contribuir podem fazer um PIX para [email protected]. Outras informações podem ser obtidas em bb.com.br/BrasileirosPeloBrasil.