Abandonado é o símbolo do Marco Zero em Juazeiro. Memória histórica esquecida

06 de Oct / 2021 às 10h00 | Variadas

No último dia 27 de setembro a reportagem da REDEGN destacou que prédios históricos abandonados em Juazeiro representam risco aos pedestres e à segurança pública e expõem o descaso com o patrimônio arquitetônico da cidade. Sem manutenção há décadas, as construções correm o perigo de desabar.

Um outro descaso com a falta de compromisso com a história de de Juazeiro é o Marco Zero do município. O Marco Zero está localizado no final do bairro São Geraldo. Uma placa turística informa o local mostrando que "ali deveria ser um ponto de atração turística histórica".

Nas imediações da placa de sinalização do monumento existe a marca do “abandono, esquecimento, falta de respeito à memória" de Juazeiro. Ao redor lixo. 

Em visita a reportagem da REDEGN fotografou uma tímida homenagem: numa pedra escrito, "Patrimônio de Nossa Senhora das Grotas", uma Cruz do Cruzeiro e o resistente pé de Juazeiro.

Moradora do bairro São Geraldo, Estelita Raquel disse que "nunca viu nenhuma benfeitoria no local e nem ao menos uma placa contando a história do local. Só existe essa placa ai", aponta, ressaltando que "o cenário de descaso". 

Outra reclamação dos moradores é que não há coleta de lixo na área. O terreno baldio quase em frente e ao lado do Marco Zero é utilizado pelos habitantes do local para jogar lixo. De tempos em tempos eles mesmos promovem queimadas para reduzir o volume de entulho.

Conta a história que no ano de 1596, o território era percorrido pelos bandeirantes, encontrando sob as frondosas árvores do Juazeiro, os mascates e tropeiros que descansavam. "Havia índios tribo da nação Cariri primeiros habitantes das margens do rio São Francisco.

Segundo os historiadores o Marco zero de uma localidade ou de um município é o “sítio originário”. Seria o “ponto de origem” do local, o espaço onde foram realizados os eventuais encontros ou celebrações que antecederam a organização da localidade, independentemente das motivações. 

Há diversos tipos de marcos como o Quilométrico, pequeno poste ou estaca colocados à margem de rodovias e ferrovias e que indica distância ao ponto inicial da estrada; o Batimétrico, indica a profundidade de um ponto num lago, represa, rio, estuário ou mar e o Pré-histórico, as cavernas que eram usadas pelos homens primitivos, para se abrigarem do frio e dos animais.

Os primeiros marcos da humanidade foram os locais de sepultamento, “uma cova coberta com monte de pedras”.

NOTA PREFEITURA DE JUAZEIRO:  A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte), esclarece que o 'Marco Zero' de Juazeiro é um dos muitos monumentos esquecidos há muitos anos. Entretanto, o Planejamento Estratégico do Turismo, que vem sendo elaborado pela prefeita Suzana Ramos, já prevê a revitalização e preservação da área.

Redação redeGN Texto e Fotos Ney Vital

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