'Sem eleição limpa, não haverá eleição’, diz Bolsonaro em nova ameaça sobre 2022

02 de Aug / 2021 às 06h30 | Política

Em discurso para manifestantes que promoviam ato pró-voto impresso, em Brasília, neste domingo (1º), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar a eleição de 2022 em dúvida.

O chefe do Executivo federal afirmou que "sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição". "Nós exigimos juntos, pois vocês são de fato o meu exército", bradou Bolsonaro aos manifestantes.

A concentração na Capital Federal começou por volta das 9h30 no Museu Nacional. Às 12h30, alguns manifestantes começaram a dispersar. Por volta das 13h, ainda havia pessoas na esplanada dos ministérios. A PMDF bloqueou todas as faixas do Eixo Monumental, entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Congresso Nacional.

Aos manifestantes, Bolsonaro disse que a maioria da Câmara dos Deputados é a favor do voto impresso. Segundo ele, há uma "minoria" que busca barrar o voto impresso e que foi escolhida por líderes depois de uma reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

"O que nós queremos e o povo exige, se o povo exige, pode ter certeza e com ajuda do parlamento brasileiro teremos eleições limpas, voto democrático e contagem publica de votos", afirmou.

Mais cedo, o TSE usou as redes sociais para dizer que os votos "já são impressos". Na publicação, o órgão do Judiciário afirma que qualquer eleitor pode fazer a contagem de votos por conta própria, por meio do boletim de urna.

Ainda durante o discurso, o presidente da República apontou que o Brasil também sofre com outros problemas simultaneamente, como a pandemia, a crise hídrica e a inflação.

"Temos que enfrentar esses problemas, buscar cada vez mais soluções para os mesmos e não deixar um pequeno grupo que parece manter refém outro pequeno grupo e daí surjam chantagens, para que venham ter eleições sem qualquer forma de ser auditada. Quem fala que a urna eletrônica é auditável e segura é mentirosa", discursou.

Bolsonaro disse ainda que ele e os manifestantes estão no "lado certo" e que não vai esperar "acontecer para depois tomar providências". "Faremos o que tiver que ser necessário para que haja contagem publica de votos e tenham eleições democráticas ano que vem".

Fonte: CNN Brasil

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