Rio São Francisco: Volume útil da capacidade de Sobradinho com poucas chuvas está próxima da curva crítica

08 de Jun / 2021 às 06h00 | Variadas

Ano passado a REDEGN informava que no mês de abril e maio teve momento histórico, depois de 11 anos, os reservatórios do Nordeste, em especial os da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), voltaram a atingir volume útil maiores que 95%. Em 2021, no dia 23 de junho, véspera de São João, o volume útil da Barragem de Sobradinho atingiu 89,89%. 

Nesta segunda-feira (7), o volume útil da capacidade da barragem de Sobradino foi de apenas 61,89%. De acordo com a Chesf a  afluência (água que chega) é de 690 metros cúbicos por segundo e defluência (água que sai), 1300 metros cúbicos por segundo. Muito abaixo das condições apresentadas ano passado.

A previsão do volume útil da barragem de Sobradinho até o dia 23 de junho será abaixo da média de 57%.

Este ano as chuvas, principalmente as ocorridas no estado de Minas Gerais, em janeiro até marco não possibilitaram um aumento significativo do volume útil da barragem de Sobradinho, Bahia. Para o leitor ter uma ídeia na sexta-feira 01 de maio de 2021, a defluência (água que sai) de Sobradinho era de 1.600 m³/s e com uma vazão afluente (água que entra) de 2.700 m³/s.

A capacidade de volume útil da barragem de Sobradinho registrava 93,34%. 

Com uma contextualização sobre a ocorrência de chuvas nos últimos meses, o pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas
de Desastres Naturais (Cemadem), Giovanni Dolif, explica a linha histórica a precipitação pluviométrica ocorrida. 

“Na temporada do ano passado, tivemos chuvas que até superaram a média, já neste ano hidrológico de 2020 a 2021 ficamos abaixo da média, em uma situação deficitária, próxima da curva crítica e até setembro a situação, com relação às chuvas não deve mudar muito”.

O superintendente de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), Joaquim Guedes Corrêa Gondim Filho, ainda destacou que embora o momento seja de baixas vazões, foi possível manter o armazenamento nos reservatórios. 

“A primeira constatação é que a ‘caixa d’água’ do sistema, vamos dizer assim, que fica em Minas Gerais, região sudeste, está sofrendo escassez, então a bacia na parte de maior contribuição também está sofrendo por déficit de vazões, mas a parte boa da história é que o sistema através da Resolução 2.081 conseguiu preservar os reservatórios”.

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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