Grupo de Jovens aciona justiça para anulação da meta climática brasileira no Acordo de París

14 de Apr / 2021 às 12h44 | Variadas

Com o apoio de oito ex-ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, Gustavo Krause, Izabella Teixeira, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Rubens Ricupero, Sarney Filho e do baiano Edson Duarte, um grupo de seis jovens entrou com uma ação popular na justiça de São Paulo contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, nesta terça-feira (13). 

O motivo é a "pedalada" climática do governo cometida em dezembro ao não apresentar uma nova meta ao acordo de París, que fez o País regredir no seu compromisso dediminuir os gases do efeito estufa.

Em dezembro de 2020 o Acordo de Paris completou cinco anos e todos os países signatários tiveram que apresentar novas versões dos compromissos assumidos em 2015. Ao invés de apresentar uma meta mais ambiciosa, o Ministério do Meio Ambiente apresentou uma nova meta que permitirá ao país emitir, até 2030, 400 milhões de toneladas a mais de gases do efeito estufa do que o previsto na meta original. 

De acordo com o advogado do Observatório do Clima, Paulo Busse, que representa os jovens, a ação tem como objetivo anular a nova meta climática, considerada danosa ao meio ambiente, além de pressionar o governo por um novo acordo de redução de gases do efeito estufa.

Para os jovens ativistas a pedalada climática "trará sérias consequências para o Brasil, como dificultar a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a ratificação do Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia. Além disso, nosso paísabriu precedente para que outros apresentem metas menos ambiciosas, prejudicando a todos."

Para os jovens a ideia não é de punir o governo, mas de arrumar o que consideram “uma pedalada climática” 

Esta é a primeira ação popular movida por jovens contra decisões do Brasil na área ambiental.

Uma das jovens ativistas é Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, de 24 anos, universitária Indígena. (Foto) 

Da redação redeGN/Com informações do G1/Foto divulgação

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