Funcionários do comércio em Petrolina cantam Hino Nacional e pedem fim do lockdown: "Precisamos Trabalhar"

18 de Mar / 2021 às 10h43 | Coronavírus

Mesmo com o novo "lockdown" em Petrolina, donos de comércio considerados não essenciais se arriscaram e abriram as portas no centro e nos bairros nessa quinta-feira (18). A reportagem da REDEGN acompanhou a abertura do comércio, conforme anunciado pelos empresários. Em Petrolina,o protesto é realizado contra o decreto do Governo do Estado de Pernambuco que prevê o fechamento do comércio de hoje até o dia 28.

Apesar do valor estipulado da multa, há quem se arrisque e funcione à meia-porta, uma maneira desesperada de manter o negócio diante da crise do novo coronavírus. As multas vão de R$ 1.000 a R$ 100 mil".

O Governo de Pernambuco afirma que quem infringir determinação do Poder Público para impedir disseminação de doença contagiosa pode gerar a detenção de um mês a um ano, além de multa. 

Nas frentes das lojas em Petrolina funcionários cantavam o Hino Nacional e mostravam a bandeira brasileira. De forma pacífica os empresários questionavam a razão do fechamento dos Hospitais de Campanha de Juazeiro e Petrolina, também a lentidão do planejamento da campanha de vacinação contra Covid-19. Um ‘buzinaço’ pela Rua Souza Filho e pelos bairros de Petrolina marcou o primeiro dia destinado ao decreto.

Donas de lojas argumentavam que "precisavam trabalhar para manter os salários dos funcionário em dia e o capital de giro também necessário para manter a empresa funcionando com todos os encargos sociais em dia".

Um princípio de confusão aconteceu quando uma empresária acusou que uma funcionária da Vigilância Sanitária de Petrolina "chamou os manifestantes palhaços". A Polícia Militar foi chamada e a situação foi contornada sem atritos". A PM também pediu para que os empresários fechassem por completo as portas da lojas. 

De acordo com o Decreto Estadual Nº 50.433, de 15 de março de 2021, não estão autorizados a funcionar, no período de 18 a 28 de março, os serviços de bares e restaurantes; shoppings e galerias comerciais; óticas; salas de cinema e teatros; academias; salão de beleza e similares; comércio varejista de vestuário, calçados, eletroeletrônicos e linha branca (geladeira, fogão, micro-ondas e outros), cama, mesa e banho e produtos de armarinho; escolas e universidades (públicas e privadas), podendo apenas realizar gravação e transmissão de aulas remotas; clubes sociais, esportivos e agremiações; práticas e competições esportivas; praias, parques e praças; ciclofaixas de lazer, eventos culturais e de lazer, além dos sociais. Igrejas e demais templos religiosos poderão abrir para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações via internet.

O lockdown, a quarentena mais rígida deve acontecer a partir desta quinta-feira (dia 18), como anunciado pelo governador Paulo Câmara. Até o dia 28, apenas os serviços essenciais estarão autorizados para funcionar em todo o estado. O objetivo é conter a disseminação do coronavírus e a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI, que está acima dos 95% em Pernambuco.

De acordo com o Governo do Estado entram nas atividades que ficam proibidas de funcionar escolas e universidades (públicas e privadas), clubes sociais, esportivos e agremiações, práticas e competições esportivas, praias, parques e praças, ciclofaixas de lazer, eventos culturais e de lazer, além dos sociais. Já as igrejas e demais templos religiosos só poderão funcionar para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações online.

ESTÃO PERMITIDOS - Permanecerão em atividade os supermercados; padarias; farmácias; postos de combustíveis; petshop; clínicas, ambulatórios e similares; bancos e lotéricas; transporte público; indústrias, atacado e termelétricas; construção civil; material de construção; materiais e equipamentos de informática; lojas de materiais e equipamentos agrícolas, oficinas e assistências técnicas e lojas de veículos.

Confira o vídeo:

Redação Ney Vital- redeGN Fotos Ney Vital

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