Covid-19: Governador da Bahia pede a prefeitos que fechem atividades não essenciais e ameaça toque de recolher

16 de Feb / 2021 às 14h30 | Coronavírus

O governador da Bahia, Rui Costa, disse em entrevista ao Bahia Meio Dia desta terça-feira (16) que não descarta a possibilidade de adotar toque de recolher em todo o estado, por causa da Covid-19. Os número de casos têm crescido no estado e as taxas de ocupação de leitos estão altas.

"Nós vamos, sim, adotar medidas restritivas para outras atividades e, inclusive, analiso a possibilidade, se mantiver ao longo dessa semana essas mesmas taxas, de implementarmos o toque de recolher em todo o estado da Bahia para evitar o pior", disse. De acordo com o governador, a Bahia está no terceiro pior momento desde o início da pandemia no começo do ano passado.

Segundo ele, o pior mês durante todo o período foi julho de 2020, onde o estado atingiu a marca de 2 mil óbitos e cerca de 30 mil casos ativos. O segundo pior teria sido junho de 2020, onde 1,7 mil pessoas morreram e os casos ativos chegaram a 27 mil.

"Agora em janeiro e fevereiro nós estamos vivendo o terceiro pior momento. Voltamos a ter 15 mil casos ativos e crescente, esse número, você olha a curva de dezembro para cá e esse número cresce de forma acelerada", explicou.

Por causa desse crescimento, o número de leitos de Unidade de terapia intensiva (UTI) foi aumentado e o estado já está quase com o número máximo de leitos abertos no estado, restando apenas reabrir o Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova, na capital.

O governador ainda fez uma crítica ao funcionamento de atividades que não são essenciais durante o período da pandemia do novo coronavírus.

"O fato de ter atividades, que na minha opinião não deveriam estar abertas, como cinema, bares funcionando e festas clandestinas, não justifica a exposição [de pessoas ao vírus]", disse.

“Nós temos que fazer escolhas. Ou nós fechamos fábricas, comércios ou fechamos bares, restaurantes com ambientes confinados. Nós temos que escolher juntos. O que é melhor: chegar no colapso e fechar tudo ou escolher as atividades não essenciais? Eu entendo que, num momento em que está se morrendo tanta gente, não tem leito para todo mundo, ter um bar funcionando não é essencial. O que não é essencial acho que está no momento de fechar novamente para evitar o pior, evitar cenas de pessoas morrendo sem assistência médica”, declarou, acrescentando que o governo avalia a adoção de um "toque de recolher, dessa vez geral no estado ou nas regiões com alta taxa de contágio".

Ao longo da primeira onda da pandemia na Bahia, diversas cidades passaram por toque de recolher, com a suspensão de todas as atividades não essenciais entre às 18h e às 5h. Agora que os números de novos casos de Covid-19 e a taxa de ocupação dos leitos voltaram a crescer, a medida é, de novo, vista como uma forma de combate à transmissão do vírus. De acordo com Rui, o assunto será discutido em reunião com a União dos Municípios da Bahia (UPB).

Redação redeGN com informações TV Bahia e Bahia Notícias

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