Idas e vindas da vazão do Rio São Francisco em Sobradinho, preocupam ribeirinhos

15 de Dec / 2020 às 12h42 | Variadas

Diante da necessidade de manutenção do nível do reservatório de Itaparica (BA) num mínimo de 30% de seu volume útil, conforme publicação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), a vazão na Barragem de Sobradinho chegou a 2.300 m³/s nesta terça-feira, dia 15. 

Em que pese a Chesf vir alertando para a importância da não ocupação das áreas ribeirinhas situadas na calha principal do Rio São Francisco, já que “em situação de emergência, as Usinas de Sobradinho e Xingó poderiam praticar vazões de até 4.200 m³/s”, ribeirinhos tem se queixado das idas e vindas da vazão em períodos muito próximos, que causam prejuízos variados, como por exemplo o deslocamento de bombas em virtude do efeito sanfona das águas.

Sabemos que essas vazões são definidas em função de muitas variáveis, mas não justifica baixar as águas drasticamente numa semana e na seguinte voltar a encher desproporcionalmente. Deveria ter um meio termo que atendesse ao sistema, sem prejudicar tanto a população ribeirinha”, disse um comerciante que atua na Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro.

No Balneário do Rodeadouro, segundo ele, já não dá mais para planejar nada: “Passamos um período grande sem poder trabalhar, neste final de semana já teve um bom movimento e hoje já estamos praticamente impossibilitados de trabalhar, sem que tenhamos notícias de chuvas volumosas na cabeceira do rio”, reclamou.

A Chesf justifica o aumento da vazão para 2.300 m³/s nesta terça-feira (15) como necessário para restabelecer níveis satisfatórios na Barragem de Itaparica: “Atualmente, o reservatório de Itaparica encontra-se com 58,58% de seu volume, com tendência de queda, o que faz necessário aumentar a vazão no reservatório de Sobradinho”, justificou.

A vazão da Usina de Xingó está operando com média mensal de 2.750 m³/s, conforme procedimento de otimização energética, envolvendo diversas regiões do país, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Da redação redeGN

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