'A volta às aulas tem sido o maior desafio do Plano de Convivência', diz André Longo

18 de Sep / 2020 às 16h00 | Coronavírus

Nesta sexta-feira (18), em Pernambuco outros dez leitos de enfermaria que atendiam o público adulto também mudarão de perfil para atendimento pediátrico. Até o final de setembro, mais 20 leitos (sendo dez de enfermaria e dez de UTI) também estarão habilitados para crianças com sintomas gripais, totalizando 40 leitos. 

“Diante da necessidade de reforçar a assistência ao público pediátrico, os leitos, antes voltados para adultos, estão sendo readequados e convertidos, dentro do nosso planejamento, o que vai nos dar ainda mais segurança no plano de convivência”, destacou o secretário estadual de Saúde.

De acordo com o secretário, o Gabinete de Enfrentamento ao Coronavírus tem buscado orientação, inclusive de profissionais e epidemiologistas que estão dando consultoria a outros estados, no sentido de encontrar o melhor caminho para o retorno das aulas presenciais. 

"Há um compromisso muito forte do Governo do Estado com a educação, e nós da saúde estamos procurando dar a segurança necessária para esse retorno. Estamos imbuídos de construir o melhor protocolo, de trabalhar com os melhores indicadores, para que a gente possa passar segurança para pais,os responsaveis e para as nossas crianças", salientou Longo. 

Para a volta das aulas presenciais, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) observa todo o cenário de enfermidades que podem atingir crianças e adolescentes. André Longo informou, na coletiva, que a criação de leitos pediátricos leva em consideração casos da Covid-19, casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e casos de diversas outras doenças que colocam em risco crianças e adolescentes no Estado. Ao todo, a secretaria possui mais de 100 leitos pediátricos e neonatais, sendo mais de 40 de terapia intensiva (UTI), para prestar assistência a esse público. Atualmente, a ocupação média dessas vagas está em 62%.

O secretário salientou que as crianças apresentam um menor risco de desenvolver casos graves da Covid-19, mas que doenças que atingem crianças de uma forma mais voraz, e que já tem vacina, são um risco. “As crianças, apesar de também propensas a se infectarem pela Covid-19, apresentam menor risco de desenvolver as formas graves da doença. Para além do novo coronavírus, há uma série de outras doenças – até mais graves para o público infantil – com as quais já convivemos e que, para muitas delas, já temos vacinas disponibilizadas na rotina dos postos de saúde. Por isso, reforço a importância de pais e responsáveis levarem as crianças aos postos de vacinação para atualizar o esquema vacinal”, alertou. 
 

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