Vice presidente Mourão diz que Ministro do Meio Ambiente se precipitou e que operações na Amazônia continuam

29 de Aug / 2020 às 08h15 | Variadas

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles se precipitou ao divulgar juntamente com a equipe uma nota na qual afirmou que o governo ordenou a suspensão das operações de combate às catástrofes ambientais na Amazônia e no Pantanal a partir de segunda-feira.

“O ministro se precipitou, pô. Precipitação do ministro Ricardo Salles. O que é que tá acontecendo? O governo está buscando recursos para poder pagar o auxílio emergencial, é isso que eu estou chegando à conclusão. Então está tirando recursos de todos os ministérios. Cada ministério oferece aquilo que pode oferecer, né? Então o ministro teve uma precipitação aí e não vai ser isso que vai acontecer, não vai ser bloqueado os R$ 60 milhões aí, entre Ibama e ICMBio, que são exatamente do combate ao desmatamento e a queimada ligada à área do ministério”, relatou.

O general contou ainda que telefonou para Salles para discutir sobre o assunto. “Já avisei para ele, mas o ministro é ministro do presidente Bolsonaro. Qualquer medida em relação a ele é do presidente Bolsonaro, não é minha. Foi precipitado isso aí. Vamos esperar que ele reflita aí e chegue a conclusão que não foi a melhor linha de ação a que ele tomou e criou um caso aí que não era para ser criado. Ele tem que entender que não agiu da melhor forma”, declarou.

Mourão reforçou que as operações na Amazônia continuam. “Continua a operação, não está parada. O que o ministro viu foi uma planilha de planejamento que é da SOF. No SIAFI que é o sistema onde você realmente bloqueia o recurso está em aberto, não está bloqueado. Então é precipitação”, apontou.

Questionado se a nota soava como um pedido de demissão por parte de Salles ao expor os nomes de integrantes do governo, Mourão se limitou a dizer que a nota repercutiu de forma negativa.

“Não vou levar aí para esse teu lado (soa como é um pedido de demissão?) porque mais uma vez o ministro Ricardo Salles é escolhido pelo presidente bolsonaro. Então não compete a mim. O que estou colocando é que foi divulgada uma nota que repercutiu de forma negativa principalmente em um momento que a gente sabe que tem que estar combatente essas ilegalidades então estou colocando que não é essa a realidade que vai ocorrer”.

Por fim, Mourão explicou que o principal recurso da Operação Verde Brasil vem do Ministério da Defesa. “Esse recurso ele é para que os agentes do Ibama e ICMBio estejam em campo, pagam os brigadistas ali de combate às queimadas e isso não vai ser retirado. Isso é remanejamento que o governo está buscando fazer , está tirando dinheiro da defesa, de outros lugares”, concluiu.

Procurada pela reportagem do Correio, a Casa Civil e a Secretaria de Governo não se posicionaram até a publicação desta edição.

Correio Braziliense

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