Sobre a carta aberta ao Governador do Estado solicitando a reabertura do comércio de Juazeiro

26 de Jul / 2020 às 12h00 | Espaço do Leitor

O leitor Gildenor Jeronimo envia e-mail Sobre a carta aberta dos lojistas ao Governador do Estado solicitando a reabertura do comércio de Juazeiro. Confira:

Olá caro Geraldo José e inscritos na Rede GN. No dia 24/07/2020, foi noticiado nesse Canal, uma Carta Aberta ao Governador da Bahia, onde os empresários de Juazeiro pediam a reabertura do comércio, uma vez que o mesmo já sofre o segundo fechamento das suas portas, gerando dentre muitos outros problemas, o desemprego, a baixa arrecadação do Município, como também a carência de outras necessidades da população consumidora e fornecedores.

É notório o fato que nenhuma sociedade sobreviverá por longo período com sua economia paralisada, bem como creio eu, que nenhum governo teria o desejo, se não por força maior, a necessidade de usar o isolamento social, que segundo a OMS, constitui-se como o meio paliativo mais eficaz até o momento.

Entendo que o fechamento do comércio de Juazeiro há mais de três meses, já amarga grandes volumes de prejuízo aos empreendedores, colaboradores, consumidores aos cofres públicos, tanto âmbito municipal quanto estadual, nesse período de pandemia da COVID-19. Isso quando olhamos que nossa Região é predominantemente agrícola e comercial, com presença tímida da indústria.

Tenho notado e acompanhado com bastante atenção o comportamento de muitas pequenas lojas, que na maioria tentam finge que estão cumprindo as determinações do Decreto governamental, que como sabemos pretende diminuir a curva do contágio do vírus em nossa cidade, mas ao invés de “tomar o remédio amargo” agora, para num breve espaço de tempo retomar as atividades, mantem meia porta aberta, atendendo aos que procuram atendimento, onde é possível ver que mesmo o comércio “fechado”, as ruas do centro estão abarrotadas de carros. 

Durante os decretos que fechamento do comércio e do toque de recolher, notei também que todas as medidas para conter o avanço da pandemia, ficou quase que inclusivamente por conta de ações governamentais, da imprensa e dos grupos voluntários de ajuda aos mais necessitados. Esperava que as entidades representativas do setor comercial, industrial e órgãos de defesa do consumidor tivessem um papel mais efetivo nesse momento, mas não foi o que aconteceu de fato. 

Certamente, por ser uma crise nunca vivida em nosso País, ou mesmo a crença de ser apenas uma “gripezinha”, tenha surtido o relaxamento aos cuidados tão necessário, onde muitas pessoas insistem em não usar máscaras, formar aglomeração e continuar a  fazer e receber visitas, como se nada estivesse acontecendo. Tal situação pode ser vista com facilidade nas centenas de casas e esquinas dos bairros da nossa Juazeiro, inclusive comerciantes e funcionários, que dependem dos estabelecimentos abertos para sobreviver, contribuem para o agravamento sanitário.

A luta contra a COVID-19 não deve ser reponsabilidade apenas de uma das partes, mas do esforço coletivo, onde a pergunta seria a seguinte: Qual meu papel diante da situação? Como posso contribuir para melhorar tal realidade? Com tantos infectados e o crescente número de mortes, para quem vou vender?

Gildenor Jerônimo

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