Livro Por Amor ao Forró retrata vida e obra do mestre da arte de tocar sanfona: Pinto do Acordeon

21 de Jul / 2020 às 21h00 | Variadas

Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, saiu do Sertão para conquistar seu espaço nos palcos e na música brasileira. Ele nasceu em Conceição, na Paraíba, e virou um dos grandes nomes do forró, baião, xaxado e do xote. Foi vereador, também, em João Pessoa, na década de 1990. Compôs uma das mais belas músicas em homenagem a Luiz Gonzaga: Missão Cumprida.

A trajetória de vida e obra de Pinto do Acordeon é contada no livro do juiz, escritor e pesquisador Onaldo Queiroga, ‘Por amor ao forró’, biografia do artista Pinto do Acordeon selo da Editora Latus da Universidade Estadual da Paraíba. O livro foi lançado em 2015.

“Sim, não deixa de ser uma biografia, apesar de, também, possibilitar ao leitor uma viagem a um olhar crítico sobre uma boa parte da obra musical de Pinto, com crônicas, que mostram o convívio dele com Luiz Gonzaga e outros, esclarecendo como ocorrera a criação de algumas canções. O livro, ainda, trás depoimentos de diversos artistas, tais como Fagner, Xico Bezerra, Dominguinhos, Chico César e Valtinho do Acordeon.”.

Queiroga lembra que sempre procurou ouvir e observar os descendentes musicais do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e daí veio o interesse de escrever sobre o compositor e sanfoneiro Pinto do Acordeon.  “Lembro-me que a primeira vez que assisti Pinto cantar foi no ano de 1983, em Pombal, Paraíba. Naquele dia, já me chamou atenção. Com o tempo, me tornei pesquisador da música de raiz do Nordeste e amigo de Pinto do Acordeon, encontrei nele um poeta, um compositor e um cantor muito ligado as suas origens”.

O livro de Onaldo começa com uma entrevista longa que ele fez com o personagem que lhe conta muita coisa de sua vida. “Também há o registro de depoimentos de artistas que pessoalmente entrevistei. Ressalta-se, ainda, que há um capítulo onde detalho uma visão sobre a criação de diversas músicas de Pinto, demonstrando o lado versátil do compositor, mostrando o aspecto ideológico, político-social, de protesto, ecológico, cotidiano”.

Segundo o juiz a biografia trás fatos marcantes da vida do músico e também relatos dele comentando os momentos de sua história como sua passagem pela carreira política, toda a luta para conseguir comprar sua primeira sanfona e a parceria com o rei do baião, Luiz Gonzaga.

Questionado sobre qual seria para o músico a principal música de sua vasta carreira música e como compositor, Onaldo citou algumas músicas como Neném Mulher, que foi tema de novela e assim foi tocada em diversas nações, assim como também a música Por Amor ao Forró, gravada por Dominguinhos que dá nome ao livro e contaria a história de amor do músico com o ritmo que o consagrou na história da música brasileira. 

Pinto do Acordeon faleceu na madrugada desta terça-feira (21) de julho de 2020.

Redação Blog Foto: Ney Vital

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