Covid-19: Consórcio de universidades diz que instituições não estão paradas

17 de Jul / 2020 às 12h30 | Variadas

O Consórcio Universitas, formado pelas universidades Federal de Pernambuco (UFPE), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), de Pernambuco (UPE), Católica de Pernambuco (Unicap), Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) e Federal do Vale do São Francisco (Univasf), divulgou uma nota, quarta-feira (15), enfatizando que, apesar da suspensão das aulas por causa da pandemia da Covid-19, as instituições não estão paradas.

Na nota, o grupo de universidades enfatiza que, desde que as autoridades sanitárias e órgãos oficiais sinalizaram as medidas de suspensão das atividades e normativas de controle, as instituições de ensino superior, de acordo com suas especificidades, iniciaram um conjunto de ações emergenciais e um amplo processo de discussão para a elaboração de uma proposta de funcionamento futuro de suas instituições.

"De início, as ações emergenciais tiveram como prioridade a garantia de segurança às vidas da comunidade universitária, a preocupação da não exclusão de pessoas nas ações decorrentes deste momento, e manutenção da reconhecida qualidade destas instituições de ensino, pesquisa e extensão. A responsabilidade para não prejudicar ninguém foi tamanha, que tanto gestores e gestoras, quanto membros de grupos de trabalho e participantes das ações emergenciais se debruçaram, dia e noite, incluindo finais de semana, em reuniões, formações, eventos, pesquisas e planejamentos acerca das soluções legais e inclusivas, tanto para as atividades acadêmicas, quanto as administrativas", informou o Universitas, no texto.

Confira, na íntegra, a nota do consórcio:

Diante de declarações e opiniões expostas nos últimos dias, a respeito do processo de retomada das atividades das Instituições de Ensino Superior (IES), em especial das Instituições Públicas Federais e Estaduais, o Consórcio Universitas, composto pela UFRPE, UFPE, UNICAP, UPE, UFAPE e UNIVASF, reforça que as IES do País não estiveram paralisadas durante os meses desde o início da pandemia da COVID19.

Pelo contrário, desde que as autoridades sanitárias e órgãos oficiais sinalizaram as medidas de suspensão das atividades e normativas de controle, a IES, de acordo com suas especificidades, iniciaram um conjunto de ações emergenciais e um amplo processo de discussão para a elaboração de uma proposta de funcionamento futuro de suas instituições.

De início, as ações emergenciais tiveram como prioridade a garantia de segurança às vidas da comunidade universitária, a preocupação da não exclusão de pessoas nas ações decorrentes deste momento, e manutenção da reconhecida qualidade destas instituições de ensino, pesquisa e extensão. A responsabilidade para não prejudicar ninguém foi tamanha, que tanto gestores e gestoras, quanto membros de grupos de trabalho e participantes das ações emergenciais se debruçaram, dia e noite, incluindo finais de semana, em reuniões, formações, eventos, pesquisas e planejamentos acerca das soluções legais e inclusivas, tanto para as atividades acadêmicas, quanto as administrativas.

Gestores/as, docentes/as e técnicos universitários estão trabalhando e viabilizando, entre outras ações, cursos de formação em ambientes virtuais, plataformas e ferramentas de comunicação e educação, adequação do calendário acadêmico que atenda à legislação brasileira, pesquisas junto aos discentes relacionadas ao perfil socioeconômico dos estudantes, busca por recursos e capacitação para que o ensino remoto não seja mera transposição do ensino presencial existente até então, e sim, uma proposta de qualidade, inovadora, baseada em metodologias ativas, e que torne este ensino atraente e significativo para nossos estudantes.

Cabe ressaltar, que a inclusão social e digital de suas comunidades, com especial atenção aos estudantes em situação de vulnerabilidade sócioeconômica, foi ponto central de todo o planejamento das atividades futuras das IES. As IES, desde o início da pandemia, não descansaram na busca de soluções que contemplasse a todos. De forma inclusiva e empática, inclusive com o enfrentamento à perda de colegas, familiares e amigos para uma tragédia de proporções mundiais. É injusto, e prejudicial ao bom debate neste momento, a suposição que as IES foram lentas ou inertes. As IES estão sendo sim responsáveis, como instituições públicas que lidam com vidas humanas e seus processos formativos.

Por fim, é importante destacar o papel fundamental que as IES, junto com o Sistema Único de Saúde (SUS), vêm desempenhando no combate a pandemia da COVID19, através de seus Hospitais Universitários, da produção e distribuição de álcool gel, máscaras e Face Shields, da testagem da COVID19, do monitoramento matemático/computacional de dados para auxiliar os governos na tomada de decisões de enfrentamento a pandemia, de projetos de assistência social aos mais vulneráveis, entre diversas outras ações.

Não temos dúvidas, que o impacto da pandemia seria muito maior na população brasileira, se não fossem os esforços científicos e administrativos de seu docentes e técnicos, com o apoio acolhedor de milhares de nossos estudantes. Continuaremos firmes e responsáveis no trabalho responsável, ético e qualificado, buscando preservar vidas, incluir pessoas e ofertar serviços de qualidade a sociedade brasileira.

Diário de Pernambuco

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.