Juazeiro: Professor denuncia perseguição por parte da Seduc e faz rifa para sobreviver. Secretária de Educação refuta acusações

17 de May / 2020 às 12h00 | Variadas

Alegando perseguição por parte da Seduc (Secretaria de Educação e Juvevntude) e da gestão do prefeito Paulo Bomfim, o professor de Educação Infantil Cleber Jesus encaminhou a Rede GN na manhã deste domingo um vídeo onde relata as privações que tem enfrentado desde que foi afastado da sala de aula e teve seu salário cortado pela secretaria.

“Fiz algumas denúncias sobre ilegalidades cometidas pela Seduc da minha cidade e a prefeitura manteve meu contrato assinado e renovado, mas me tirou da sala de aula e não paga meu salário desde o ano passado. Alguns amigos têm ajudado nesse momento difícil, mas eu resolvi me desfazer da minha pequena biblioteca. Alguns dos livros nunca foram lidos, inclusive, ainda estão plastificados. Envio sem custo para você que é de outro estado e porventura ganhar. Antecipadamente agradeço a cada um de vocês e que Deus vos abençoe. o pagamento da rifa pode ser feito pessoalmente ou através de conta bancária” explicou Cleber Jesus.

Numa entrevista ao Programa Geraldo José (Transrio FM) semana passada o professor argumentou que em decorrência das denúncias foi retirado da folha de pagamento e do ambiente de trabalho sem uma explicação mesmo tendo alcançado a 27ª colocado na seleção.

Ao perguntar ao prefeito Paulo Bomfim sobre a sua situação foi aconselhado a procurar a secretária da Educação Lucinete Alves. “Eu estive na Seduc e eles vão me demitir. A secretária não estava na Seduc quando eu fui procurá-la e quando falei com ela no telefone dela, ela me bloqueou. Fui chamado na gestão de pessoas e recebi a notícia de que eles não precisam mais dos meus serviços e vão me demitir no meio desse processo de pandemia” explicou lamentando o professor Cleber Jesus.

“Gilmar (APLB) disse que dos dois professores que trabalhavam na escola Coração de Jesus a gestora da escola preferiu ficar com a professora e não comigo. Até aí tudo bem é uma escolha da gestora, só que a escola está parada porque está em reforma e a professora escolhida já está trabalhando em outra escola, ou seja, a vaga que deveria ser minha foi passada para mesma professora que ficou na minha vaga na outra escola. Existe uma professora que está trabalhando em duas vagas uma na Coração de Jesus e a outra na escola CAJ” concluiu o denunciante.

Veja o vídeo da denúncia:

A rede GN enviou a denúncia à Seduc, que por meio de nota respondeu:

Nos últimos meses, o senhor Cléber Jesus tem usado redes sociais e veículos de comunicação para empreender uma campanha difamatória contra mim. Este assunto, com fartura de provas, será devidamente tratado na esfera judicial.

Quanto às acusações que faz à SEDUC, mais uma vez ele omite informações e distorce fatos na tentativa de ludibriar a opinião pública e passar por vítima. No início do ano, anunciamos uma reforma da unidade. Naquela ocasião, já era claro o quadro de diminuição do número de alunos. 

Após diálogo com a comunidade, decidimos levar os estudantes para um espaço cedido. Infelizmente o público não era mais suficiente para manter a quantidade anterior de turmas.

Coube então, como é comum na rede municipal, que a direção da escola elaborasse sua programação. Portanto, foi uma decisão da unidade optar pelos nomes dos profissionais que permaneceriam na escola diante do quadro diminuto de matrículas. 

Assim, o senhor Cléber acabou sem lotação. Não houve, como não há em nenhuma outra escola, interferência da SEDUC nesta definição. Acrescente-se ainda que o seu contrato expirou no dia 18 de fevereiro de 2020.

Os atuais contratados, já ativos na rede desde antes dos decretos de emergência, permanecem recebendo normalmente e desenvolvendo atividades com os alunos dentro do projeto Cidade Educadora. Tudo em sintonia com as orientações do Ministério Público. 

Por fim, reitero que a campanha difamatória empreendida contra a minha pessoa será tratada na Justiça.

Lucinete Alves da Silva - Secretária de Educação

Da redação

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